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Economia
Terça - 22 de Fevereiro de 2005 às 06:55

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Diante do descontentamento geral dos pecuaristas com os preços praticados pelos frigoríficos, o setor decidiu adotar o boicote como mecanismo de pressão. Durante reunião realizada na sexta-feira em Goiânia, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), os pecuaristas decidiram reduzir ao máximo a venda de bovinos aos frigoríficos nos próximos 30 dias. Mais de dois mil produtores participaram do encontro, entre eles representantes de Mato Grosso.

"Na visão do produtor essa é uma medida essencial para a sobrevivência no mercado. O ideal é que o boicote fosse de 100%, mas como todos têm que pagar seus compromissos, esperamos que cada pecuarista se esforce ao máximo para colaborar com nossa causa", afirma o presidente do Fórum Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira. Ele ressalta que somente dessa maneira os frigoríficos se prontificarão a negociar.

Outra sugestão deliberada trata da criação de uma cooperativa dos produtores para gerenciar unidades de abate, com recursos alocados via o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A formação de centros de comercializações nos Estados produtores figura como uma terceira estratégia de mobilização do setor.

De acordo com o diretor financeiro da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Eduardo Ferreira Neto, presente na reunião organizada pelo fórum da CNA, a entidade já estuda a viabilidade da criação do centro no Estado. O resultado do levantamento será apresentado ao setor no dia 22 de março, quando uma nova reunião entre os integrantes do fórum acontecerá, desta vez em Cuiabá.(JS)




Fonte: A Gazeta

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