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Thomaz Bastos nega que haja proteção a petista
Brasília - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, garantiu nesta segunda-feira que serão investigados todos os suspeitos de envolvimento com o assassinato da freira Dorothy Stang. "Não se vai perseguir nem proteger ninguém", afirmou o ministro. Ele fez a declaração por causa da informação de que Rayfran Sales, o Fogoió, preso pela morte da freira, acusou em seu primeiro depoimento um político petista de ser o mandante do crime. No segundo depoimento, Fogoió mudou a versão e apontou um fazendeiro como o verdadeiro mandante.
"A polícia está investigando os fatos. Seja quem for o culpado, nós pretendemos ir até o fim da cadeia causal. Não se pode parar no meio e pegar o pistoleiro e falar `pronto, acabou a investigação´. Tem que ver os nexos, as conexões e chegar até o fim", defendeu. "Quem for culpado, dito pela Justiça, vai ser processado, vai ser condenado e vai para a cadeia. Esse é um ponto de honra para o governo", disse.
No primeiro depoimento que fez nesta segunda-feira, à Polícia Civil do Pará, Fogoió, disse que o mandante do crime seria Francisco de Assis de Souza, o Chiquinho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Anapu. Chiquinho é filiado ao PT e foi candidato a vice-prefeito no ano passado. Ele era amigo da freira Dorothy.
Segundo a Polícia Federal, que colheu o segundo depoimento, Fogoió contou que a acusação a Chiquinho foi planejada em parceria com Uilquelano de Souza Pinto, o outro acusado de matar a Dorothy, que continua foragido: em caso de prisão, diriam que tinham sido contratados pelo diretor do Sindicato.
A versão de Fogoió durou pouco. Os policiais concluíram que ele mentiu no primeiro depoimento. No segundo, ele confessou ter sido contratado por R$ 50 mil para matar a missionária Dorothy Stang, dia 12, em Anapu. Ele apontou como intermediário do crime o colono Aimar Feijoli da Cunha, o Tato, também preso em Altamira. E, de acordo com policiais, ficou claro no depoimento que o mandante foi o fazendeiro Vitalmiro Matos de Moura, conhecido por Bida.
"No depoimento para a Polícia Federal ele resolveu dar a versão verdadeira à polícia", disse o delegado da PF Ualame Machado, que preside o inquérito. A polícia continua à caça de Bida e de Uiquelano.
Os depoimentos dados por Rayfran foram acompanhados por delegados, policiais civis e militares, três promotores, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), um defensor público e um representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Para os delegados, ao citar o nome de Francisco de Assis de Souza como envolvido na morte da freira, Rayfran tentou tumultuar as investigações. "É uma informação para tumultuar. Não tem lógica nem motivação dele para o crime." Rayfran foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso qualificado, o que significa dizer que praticou o crime com requintes de violência e por motivo torpe.
Os promotores federais e estaduais acreditam que a história contada por Rayfran ainda está longe da verdade.
Diante da repercussão do caso e por se tratar de crime pela posse da terra, os procuradores federais pretendem pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a transferência das investigações definitivamente para a PF, o que significa a federalização do caso e o julgamento do crime pela Justiça Federal.
"A polícia está investigando os fatos. Seja quem for o culpado, nós pretendemos ir até o fim da cadeia causal. Não se pode parar no meio e pegar o pistoleiro e falar `pronto, acabou a investigação´. Tem que ver os nexos, as conexões e chegar até o fim", defendeu. "Quem for culpado, dito pela Justiça, vai ser processado, vai ser condenado e vai para a cadeia. Esse é um ponto de honra para o governo", disse.
No primeiro depoimento que fez nesta segunda-feira, à Polícia Civil do Pará, Fogoió, disse que o mandante do crime seria Francisco de Assis de Souza, o Chiquinho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Anapu. Chiquinho é filiado ao PT e foi candidato a vice-prefeito no ano passado. Ele era amigo da freira Dorothy.
Segundo a Polícia Federal, que colheu o segundo depoimento, Fogoió contou que a acusação a Chiquinho foi planejada em parceria com Uilquelano de Souza Pinto, o outro acusado de matar a Dorothy, que continua foragido: em caso de prisão, diriam que tinham sido contratados pelo diretor do Sindicato.
A versão de Fogoió durou pouco. Os policiais concluíram que ele mentiu no primeiro depoimento. No segundo, ele confessou ter sido contratado por R$ 50 mil para matar a missionária Dorothy Stang, dia 12, em Anapu. Ele apontou como intermediário do crime o colono Aimar Feijoli da Cunha, o Tato, também preso em Altamira. E, de acordo com policiais, ficou claro no depoimento que o mandante foi o fazendeiro Vitalmiro Matos de Moura, conhecido por Bida.
"No depoimento para a Polícia Federal ele resolveu dar a versão verdadeira à polícia", disse o delegado da PF Ualame Machado, que preside o inquérito. A polícia continua à caça de Bida e de Uiquelano.
Os depoimentos dados por Rayfran foram acompanhados por delegados, policiais civis e militares, três promotores, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), um defensor público e um representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Para os delegados, ao citar o nome de Francisco de Assis de Souza como envolvido na morte da freira, Rayfran tentou tumultuar as investigações. "É uma informação para tumultuar. Não tem lógica nem motivação dele para o crime." Rayfran foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso qualificado, o que significa dizer que praticou o crime com requintes de violência e por motivo torpe.
Os promotores federais e estaduais acreditam que a história contada por Rayfran ainda está longe da verdade.
Diante da repercussão do caso e por se tratar de crime pela posse da terra, os procuradores federais pretendem pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a transferência das investigações definitivamente para a PF, o que significa a federalização do caso e o julgamento do crime pela Justiça Federal.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/358225/visualizar/
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