Febem deve chamar até 350 dos 1.751 funcionários demitidos

Febem deve chamar até 350 dos 1.751 funcionários demitidos São Paulo - A Febem deve chamar até 350 dos 1.751 funcionários demitidos na semana passada em quatro complexos da capital paulista. Até esta segunda-feira, cerca de 260 tinham sido notificados para trabalhar como coordenadores da área pedagógica. A decisão foi tomada quatro dias após a retirada dos antigos servidores que trabalhavam no pátio e tinham contato com adolescentes das unidades mais problemáticas - medida que o presidente da Febem e secretário da Justiça, Alexandre de Moraes, diz ter sido planejada. Como os antigos cargos foram extintos por decreto, os funcionários que serão chamados assumem vagas em comissão e depois devem fazer concurso público para serem admitidos. "Vão voltar os melhores, aqueles indicados, cujos perfis foram analisados e têm a confiança dos diretores", disse Moraes. "Todos eles, assim como os que foram contratados emergencialmente, passarão por concurso", disse. A Febem tem 9 mil funcionários nas 75 unidades do Estado, com cerca de 6 mil internos. Segundo Moraes, não há irregularidade na readmissão, porque eles não voltarão aos antigos postos. Ele disse que os 2.379 servidores que assumiram os cargos de agentes de segurança e educadores sociais estão aptos ao trabalho e não estão abandonando suas funções, como o sindicato da categoria vem afirmando. Na tarde desta segunda, demitidos estiveram no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e fizeram uma marcha pela Rua da Consolação, carregando caixões com a foto de Moraes. As demissões, entretanto, devem parar por aí. O secretário pretende submeter toda a equipe técnica - assistentes sociais, psicólogos e até médicos - a cursos de reciclagem. Ele afirmou que entidades de direitos humanos e de defesa da criança e do adolescente devem participar da montagem dos cursos.