Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 22:30

    Imprimir


A Organização Marítima Internacional (OMI) recomendou hoje, segunda-feira, que o Panamá mantenha um equilíbrio nas medidas de segurança no Canal, evitando possíveis atos terroristas e o enfraquecimento do comércio mundial por este caminho. O secretário-geral da OMI, Efthimios Mitropoulos, disse à EFE que este equilíbrio é recomendado não só ao Panamá, mas também a todos os países fortes no mar, porque "todos os extremismos são ruins".

Na capital do Panamá, Mitropoulos abriu a Conferência Internacional e Exibição "Panamá Marítime VII", que acontece entre hoje e quarta-feira, com a participação de mais de mil funcionários, homens de negócios, executivos de companhias marítimas, de seguros e de serviços relacionados com a indústria marítima mundial.

Para o dirigente da OMI, o Panamá tem muitos desafios políticos e econômicos para superar, além de grandes projeções na modernização portuária e nos trabalhos de ampliação do Canal para mantê-lo competitivo.

Ele também insistiu que a segurança é uma das exigências que a OMI faz aos países e, no caso do Panamá, esta medida é vital, pois o canal movimenta 5% do comércio mundial.

"Não é preciso chegar a extremos, mas manter um equilíbrio nas medidas de segurança. É necessário proteger o Canal e os portos sem impedir o trânsito de navios", disse Mitropoulos.



O secretário-geral da OMI também expressou sua satisfação com o plano qüinqüenal para o desenvolvimento do setor marítimo apresentado hoje na conferência pelo segundo vice-presidente do país e diretor da Autoridade Marítima do Panamá (AMP), Rubén Arosemena.

Esse plano qüinqüenal inclui a capacitação do recurso humano e a abertura de uma universidade marítima internacional, com estudantes da América do Sul e da América Central.

Para ele, é "paradoxal" que o Panamá tenha apenas 325 oficiais e 2.611 marinheiros, já que possui um Canal de 80 quilômetros, pelo qual passam todos os dias 43 navios em média, dois oceanos e 3 mil quilômetros de costa.

Por isso, anunciou "desde já" uma política agressiva para reverter esta situação, colocando entre os grandes projetos futuros a ampliação do Canal e dos portos que operam no Atlântico e no Pacífico do país.





Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/358242/visualizar/