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Unicamp tem mais estudantes de escola pública
Sistema de pontuação, baseado em estudos de sete gerações de alunos, amplia acesso também a negros e indígenas
São Paulo - Sem cotas, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiu neste ano aumentar em cerca de 40% o número de alunos de escolas públicas, negros e índios entre os aprovados no seu vestibular. A instituição criou um sistema de ação afirmativa próprio, em que esses estudantes recebem previamente pontos adicionais na prova.
O maior efeito ocorreu no curso de Medicina, o mais concorrido e conceituado deles: neste ano os jovens vindos do ensino médio estadual serão 300% mais do que no ano passado - 29 ante apenas sete em 2004.
Farmácia aumentou em 200% o número de estudantes de escolas públicas e em 300% o de pardos, pretos e índios. Em comunicação social, os acréscimos foram de 170% e 300%, respectivamente.
Estudos O grande diferencial no sistema da Unicamp são as pesquisas que acabaram motivando a invenção desse sistema.
Segundo o reitor Carlos Henrique de Brito Cruz, estudos com sete gerações de alunos da instituição mostraram que a capacidade de desenvolvimento intelectual e acadêmico do estudante de escola pública é maior que a de seu colega da particular, numa situação em que os dois ingressam na Unicamp com notas semelhantes no vestibular.
"Não há ainda uma explicação para isso, mas supomos que seja o fato de estudantes de escola pública enfrentarem mais dificuldades", diz. Entre negros e índios, o efeito é menor, mas também existe.
Pontos
Em busca dessas pessoas que, em virtude da concorrência acirrada, muitas vezes não são aprovadas por uma diferença mínima na nota, chegou-se à idéia de dar mais pontos a elas.
Estudantes de escola pública receberam 30 pontos a mais na segunda fase - ou seja, depois de ter passado pelo funil maior da primeira etapa. Os pretos, pardos e índios ganharam ainda outros 10 pontos.
"Como isso representa apenas 5% da nota média obtida por quem passa no vestibular, continuamos sinalizando que é preciso estudar para entrar na Unicamp", diz Brito Cruz.
Procura
O estudo mostrou ainda que os cursos noturnos - muito procurados por estudantes de baixa renda - também estão entre os mais afetados. Cerca de 50% dos ingressantes neste ano veio de escola pública.
A procura pela Unicamp depois da instituição do PAS também aumentou. Em 2004, 31% dos inscritos vinham de escolas públicas e 14% eram pretos, pardos ou índios. Neste vestibular, os números foram de 34% e 19%, respectivamente.
Pesquisas mostram que muitos jovens carentes nem sequer se inscrevem em seleções de universidades públicas porque não se consideram capazes e também por causa do valor da taxa do vestibular. A Unicamp, assim como a Fuvest, oferece isenção desse valor para estudantes de escolas públicas.
São Paulo - Sem cotas, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiu neste ano aumentar em cerca de 40% o número de alunos de escolas públicas, negros e índios entre os aprovados no seu vestibular. A instituição criou um sistema de ação afirmativa próprio, em que esses estudantes recebem previamente pontos adicionais na prova.
O maior efeito ocorreu no curso de Medicina, o mais concorrido e conceituado deles: neste ano os jovens vindos do ensino médio estadual serão 300% mais do que no ano passado - 29 ante apenas sete em 2004.
Farmácia aumentou em 200% o número de estudantes de escolas públicas e em 300% o de pardos, pretos e índios. Em comunicação social, os acréscimos foram de 170% e 300%, respectivamente.
Estudos O grande diferencial no sistema da Unicamp são as pesquisas que acabaram motivando a invenção desse sistema.
Segundo o reitor Carlos Henrique de Brito Cruz, estudos com sete gerações de alunos da instituição mostraram que a capacidade de desenvolvimento intelectual e acadêmico do estudante de escola pública é maior que a de seu colega da particular, numa situação em que os dois ingressam na Unicamp com notas semelhantes no vestibular.
"Não há ainda uma explicação para isso, mas supomos que seja o fato de estudantes de escola pública enfrentarem mais dificuldades", diz. Entre negros e índios, o efeito é menor, mas também existe.
Pontos
Em busca dessas pessoas que, em virtude da concorrência acirrada, muitas vezes não são aprovadas por uma diferença mínima na nota, chegou-se à idéia de dar mais pontos a elas.
Estudantes de escola pública receberam 30 pontos a mais na segunda fase - ou seja, depois de ter passado pelo funil maior da primeira etapa. Os pretos, pardos e índios ganharam ainda outros 10 pontos.
"Como isso representa apenas 5% da nota média obtida por quem passa no vestibular, continuamos sinalizando que é preciso estudar para entrar na Unicamp", diz Brito Cruz.
Procura
O estudo mostrou ainda que os cursos noturnos - muito procurados por estudantes de baixa renda - também estão entre os mais afetados. Cerca de 50% dos ingressantes neste ano veio de escola pública.
A procura pela Unicamp depois da instituição do PAS também aumentou. Em 2004, 31% dos inscritos vinham de escolas públicas e 14% eram pretos, pardos ou índios. Neste vestibular, os números foram de 34% e 19%, respectivamente.
Pesquisas mostram que muitos jovens carentes nem sequer se inscrevem em seleções de universidades públicas porque não se consideram capazes e também por causa do valor da taxa do vestibular. A Unicamp, assim como a Fuvest, oferece isenção desse valor para estudantes de escolas públicas.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/358293/visualizar/
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