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Saída para o Pacífico pode ser viável em dez anos
Cochabamba, Bolívia – Uma semana de estrada, visita a quartos portos, contatos políticos e empresariais e assinaturas de protocolos de cooperação na Bolívia, Peru e Chile. A saída de produtos mato-grossenses pelo Oceano Pacífico não está descartada. O Estado de Mato Grosso vai intensificar as relações comerciais intra-regionais com países andinos até a efetivação do corredor de exportação, projeto que deve ser concluído, até a Bolívia, em 10 anos.
A avaliação foi feita nesta segunda-feira (21.02) pelo governador Blairo Maggi, que lidera o retorno a Cuiabá da Expedição Estradeiro 4, que avaliou a logística de transportes, barreiras alfandegárias, relações diplomáticas e as burocracias que ainda emperram uma efetiva integração do Brasil com os países da América do Sul.
"Precisamos correr atrás de alternativas, porque se nós quisermos chegar a 40, 45 milhões de toneladas de grãos, e com certeza vamos chegar em 10 anos, todas as alternativas que Mato Grosso possui terão que ser ocupadas: a do Pacífico, Paraná-Paraguai, Madeira-Amazonas, BR-163, Carajás e também a Ferronorte. Não se pode pensar em ter uma única via ou duas vias como temos hoje, que vai ser responsável pela retirada de 45 milhões de toneladas de grãos. Isso é humanamente impossível de acontecer. Portanto, todas essas alternativas serão complementares", disse o governador.
Nos países visitados, Maggi convocou as autoridades políticas e empresarias para se integrarem a Mato Grosso e ao Brasil. O pontapé dessa nova fase de relacionamento será a melhoria da infra-estrutura, tema a ser discutido no Seminário Internacional sobre infra-estrutura, que acontece nos dias 2, 3, e 4 de março, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. "Vamos discutir no fórum as alternativas que já estão funcionando, como nós podemos melhorá-las e dar tarefas àquelas pessoas que estão ligadas às alternativas que não funcionam hoje. Exemplo: a do Pacífico e da Paraguai-Paraná", disse Maggi.
O calcanhar-de-aquiles da maioria dos governantes é justamente a falta de estradas que está emperrando a integração e o comércio intra-regional. ‘’Nesse momento já é possível fazer um balanço do que nós encontramos. Primeiro, há o problema de rodovias que precisam ser construídas, cerca de 500 quilômetros de asfalto entre San Matias e Santa Cruz de la Sierra. Depois, nós temos problemas burocráticos que estão no caminho da Bolívia, no próprio Peru e não deixa de ser no Brasil, nas saídas das mercadorias. E também há a questão dos portos no Pacífico", avaliou o governador.
Segundo ele, nenhum dos portos visitados tem as mesmas condições que tem o Porto de Santos (SP), de Itacoatiara (AM) ou que tenha o Porto do Rio Grande, os localizados mais ao Norte, como de São Luis (AM). "Nenhum desses portos tem condições de receber 2 ou 3 milhões de toneladas de produtos mato-grossenses. Então, isso é uma constatação", disse ele.
"Não se pode de forma alguma deixar de trabalhar e fazer com que esse projeto siga adiante. Eu penso que isso é uma escada longa que tem que ser subida, alguns degraus já foram dados no passado por outros governantes e por outras lideranças, mas que até o momento nós não conseguimos progredir", avaliou Maggi.
O governador defende a intensificação das relações diplomáticas com os países da América do Sul a fm de garantir o estabelecimento do comércio intra-regional. "Sou daqueles que acham que deve continuar trabalhando, tem um mercado intra-regional muito importante para o próprio Mato Grosso e para o Governo do Estado, nas negociações com as empresas que vão se instalar nesse momento será colocado a eles as potencialidades desse mercado andino que até nós não fazíamos menção sobre ele", disse Maggi.
‘’Hoje, eu já posso até pensar de trabalhar no seguro e que Mato Grosso possa, por exemplo, receber uma fábrica de automóveis de caminhões, coisas que nós no passado entendíamos que era impossível, era contramão por que o mercado todo estava no Sul e no Sudeste brasileiro, Mas hoje, com o conhecimento que temos dos países andinos, das suas potencialidades, é possível dizer ao empresariado que temos um mercado aonde num raio de mil ou de 2 mil quilômetros ele atende a América Latina ou América do Sul como um todo. Portanto, não deixou de ser uma grande experiência e que nós vamos deixar isso como uma posição de Governo, uma orientação para o Governo e também vamos continuar trabalhando na direção de conquistar esse espaço, esses degraus que faltam para chegar até o Pacífico", propõe ele.
PERSPECTIVAS – Maggi avalia que a saída para o Pacífico não é projeto a ser posto em prática a médio prazo. "Acho que no horizonte de 10 anos, com bastante tranqüilidade essa expedição, principalmente na Bolívia, é possível que esse sonho seja concretizado, até porque o próprio presidente Lula já autorizou a liberação de US$ 600 milhões da Bolívia para que eles possam fazer investimentos, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) não permite que ele tome esse dinheiro. Então é uma situação complicada. Existe o financiamento, mas ele não pode tomar porque está endividado", informou ele.
Produtor de gás de natural, Mato Grosso tem interesse no produto boliviano que mais oscila positivamente na balança comercial. Durante o evento no mês de março em Cuiabá, o país vizinho poderá criar um fundo para sua melhorar a infra-estrutura."Talvez uma nova equação que nós pretendemos apresentar no fórum, aonde no aumento da compra de gás que Mato Grosso vai fazer para uma nova termoelétrica que nós estamos trabalhando, que depende do leilão da venda de energia no mês de abril e até a possibilidade de uma grande indústria de fertilizantes nitrogenado em Cuiabá, se essas duas coisas acontecerem nós vamos ocupar 100% da capacidade do gasoduto de 8 milhões de metros cúbicos. Isso vai ser possível fazer uma proposta aos bolivianos para que eles peguem parte desse ganho e coloque parte em um fundo para a construção dessa rodovia. Isso é possível", adiantou Maggi.
O assunto já foi debatido pelo governador com o presidente da República da Bolívia (Carlos Mesa). ‘’É até possível que isso venha a acontecer. Então, daqui para a frente nós precisamos estar atentos a qualquer possibilidade de se agarrar nessa chance para se fazer alguma coisa a mais que não foi feito até hoje’’, afirmou Maggi.
A avaliação foi feita nesta segunda-feira (21.02) pelo governador Blairo Maggi, que lidera o retorno a Cuiabá da Expedição Estradeiro 4, que avaliou a logística de transportes, barreiras alfandegárias, relações diplomáticas e as burocracias que ainda emperram uma efetiva integração do Brasil com os países da América do Sul.
"Precisamos correr atrás de alternativas, porque se nós quisermos chegar a 40, 45 milhões de toneladas de grãos, e com certeza vamos chegar em 10 anos, todas as alternativas que Mato Grosso possui terão que ser ocupadas: a do Pacífico, Paraná-Paraguai, Madeira-Amazonas, BR-163, Carajás e também a Ferronorte. Não se pode pensar em ter uma única via ou duas vias como temos hoje, que vai ser responsável pela retirada de 45 milhões de toneladas de grãos. Isso é humanamente impossível de acontecer. Portanto, todas essas alternativas serão complementares", disse o governador.
Nos países visitados, Maggi convocou as autoridades políticas e empresarias para se integrarem a Mato Grosso e ao Brasil. O pontapé dessa nova fase de relacionamento será a melhoria da infra-estrutura, tema a ser discutido no Seminário Internacional sobre infra-estrutura, que acontece nos dias 2, 3, e 4 de março, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. "Vamos discutir no fórum as alternativas que já estão funcionando, como nós podemos melhorá-las e dar tarefas àquelas pessoas que estão ligadas às alternativas que não funcionam hoje. Exemplo: a do Pacífico e da Paraguai-Paraná", disse Maggi.
O calcanhar-de-aquiles da maioria dos governantes é justamente a falta de estradas que está emperrando a integração e o comércio intra-regional. ‘’Nesse momento já é possível fazer um balanço do que nós encontramos. Primeiro, há o problema de rodovias que precisam ser construídas, cerca de 500 quilômetros de asfalto entre San Matias e Santa Cruz de la Sierra. Depois, nós temos problemas burocráticos que estão no caminho da Bolívia, no próprio Peru e não deixa de ser no Brasil, nas saídas das mercadorias. E também há a questão dos portos no Pacífico", avaliou o governador.
Segundo ele, nenhum dos portos visitados tem as mesmas condições que tem o Porto de Santos (SP), de Itacoatiara (AM) ou que tenha o Porto do Rio Grande, os localizados mais ao Norte, como de São Luis (AM). "Nenhum desses portos tem condições de receber 2 ou 3 milhões de toneladas de produtos mato-grossenses. Então, isso é uma constatação", disse ele.
"Não se pode de forma alguma deixar de trabalhar e fazer com que esse projeto siga adiante. Eu penso que isso é uma escada longa que tem que ser subida, alguns degraus já foram dados no passado por outros governantes e por outras lideranças, mas que até o momento nós não conseguimos progredir", avaliou Maggi.
O governador defende a intensificação das relações diplomáticas com os países da América do Sul a fm de garantir o estabelecimento do comércio intra-regional. "Sou daqueles que acham que deve continuar trabalhando, tem um mercado intra-regional muito importante para o próprio Mato Grosso e para o Governo do Estado, nas negociações com as empresas que vão se instalar nesse momento será colocado a eles as potencialidades desse mercado andino que até nós não fazíamos menção sobre ele", disse Maggi.
‘’Hoje, eu já posso até pensar de trabalhar no seguro e que Mato Grosso possa, por exemplo, receber uma fábrica de automóveis de caminhões, coisas que nós no passado entendíamos que era impossível, era contramão por que o mercado todo estava no Sul e no Sudeste brasileiro, Mas hoje, com o conhecimento que temos dos países andinos, das suas potencialidades, é possível dizer ao empresariado que temos um mercado aonde num raio de mil ou de 2 mil quilômetros ele atende a América Latina ou América do Sul como um todo. Portanto, não deixou de ser uma grande experiência e que nós vamos deixar isso como uma posição de Governo, uma orientação para o Governo e também vamos continuar trabalhando na direção de conquistar esse espaço, esses degraus que faltam para chegar até o Pacífico", propõe ele.
PERSPECTIVAS – Maggi avalia que a saída para o Pacífico não é projeto a ser posto em prática a médio prazo. "Acho que no horizonte de 10 anos, com bastante tranqüilidade essa expedição, principalmente na Bolívia, é possível que esse sonho seja concretizado, até porque o próprio presidente Lula já autorizou a liberação de US$ 600 milhões da Bolívia para que eles possam fazer investimentos, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) não permite que ele tome esse dinheiro. Então é uma situação complicada. Existe o financiamento, mas ele não pode tomar porque está endividado", informou ele.
Produtor de gás de natural, Mato Grosso tem interesse no produto boliviano que mais oscila positivamente na balança comercial. Durante o evento no mês de março em Cuiabá, o país vizinho poderá criar um fundo para sua melhorar a infra-estrutura."Talvez uma nova equação que nós pretendemos apresentar no fórum, aonde no aumento da compra de gás que Mato Grosso vai fazer para uma nova termoelétrica que nós estamos trabalhando, que depende do leilão da venda de energia no mês de abril e até a possibilidade de uma grande indústria de fertilizantes nitrogenado em Cuiabá, se essas duas coisas acontecerem nós vamos ocupar 100% da capacidade do gasoduto de 8 milhões de metros cúbicos. Isso vai ser possível fazer uma proposta aos bolivianos para que eles peguem parte desse ganho e coloque parte em um fundo para a construção dessa rodovia. Isso é possível", adiantou Maggi.
O assunto já foi debatido pelo governador com o presidente da República da Bolívia (Carlos Mesa). ‘’É até possível que isso venha a acontecer. Então, daqui para a frente nós precisamos estar atentos a qualquer possibilidade de se agarrar nessa chance para se fazer alguma coisa a mais que não foi feito até hoje’’, afirmou Maggi.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/358361/visualizar/
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