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Internacional
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 14:10

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O presidente americano, George W. Bush, disse nesta segunda-feira a líderes europeus reunidos em Bruxelas que a paz no Oriente Médio "é o objetivo imediato" dos Estados Unidos.

Bush afirmou que o mundo não deveria descansar até que haja uma solução duradoura para o conflito entre palestinos e israelenses.

Em seu primeiro dia de visita à Europa, o presidente americano também pediu que os europeus dessem mais apoio ao governo iraquiano, "a nova democracia do mundo".

A venda de armas para a China, o controverso programa nuclear do Irã, o processo de paz no Oriente Médio e o Protocolo de Kyoto estão entre os principais assuntos da visita.

Nova era

O Oriente Médio foi o tema dominante no discurso de Bush, que disse que tanto a Europa quanto os Estados Unidos estavam determinados a ver dois estados democráticos - Israel e Palestina - vivendo lado a lado em paz.

"Nossa maior oportunidade, e nosso objetivo imediato, é a paz no Oriente Médio", disse ele. "Nós procuramos a paz entre Israel e Palestina para o bem deles. Também sabemos que uma Palestina livre pode ajudar na reforma em todo o Oriente Médio."

Sobre o Iraque, Bush pediu que os países europeus dessem "assistência tangível" ao país.

"Todas as nações agora têm interesse no sucesso de um Iraque livre e democrático, que vai lutar contra o terror, abrir espaço à liberdade e ser uma fonte de estabilidade na região."

Bush tentou minimizar a divergência com os países europeus sobre a ocupação do Iraque, apelando por "uma nova era na unidade transatlântica".

"Nenhum debate temporário, nenhum desacordo entre governos no passado, nenhum poder na terra conseguirá nos dividir", disse ele.

Em um espírito semelhante de reconciliação, líderes da União Européia foram aconselhados a evitar questões polêmicas, como a recusa americana em assinar o protocolo de Kyoto.

Ainda nesta segunda-feira, Bush vai jantar com o presidente da França, Jacques Chirac, um de seus maiores críticos.

Segurança

Uma enorme operação de segurança foi montada para a viagem de Bush, que vai durar cinco dias.

Cerca de 2,5 mil policiais belgas e 250 agentes secretos americanos estão participando da operação.

Áreas da capital da Bélgica foram transformadas em zonas proibidas antes da aterrisagem do avião de Bush no aeroporto de Bruxelas, pouco depois das 21h, horário local (17h em Brasília), no domingo.

Esta é a primeira viagem de Bush ao exterior desde que assumiu o cargo para o seu segundo mandato, em janeiro.

Bush também passará pela Alemanha, onde se encontra com o chanceler alemão Gerhard Schröder, e pela Eslováquia, onde se reúne com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Está previsto ainda um encontro com seu aliado mais próximo, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.

Segundo o analista da BBC Paul Reynolds, apesar da ofensiva de charme, existem muitas questões separando os Estados Unidos da Europa para que seja possível uma declaração de paz em todas as frentes.

No entanto, de acordo com o analista, haverá esforços no sentido de encontrar formas de avançar em alguns desses problemas.





Fonte: BBC Brasil

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