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Economia
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 10:30
Por: Carlos Martins

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Iquique, Chile - A Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), empresa responsável pelo gerenciamento e distribuição do gás da Bolívia em Mato Grosso, iniciou conversações com empresários de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, para fechar contrato de compra de 500 mil a 600 mil m³ de gás para o segundo semestre deste ano. Esse contrato irá permitir atender a demanda que se abrirá com as redes de distribuição que abastecerão as empresas do Distrito Industrial, em Cuiabá. Atualmente a MT Gás conta com 250 mil m³ referentes à parte do excedente do gás comprado pela GasOcidente.

A empresa tem um contrato de 2,5 milhões de m³ de gás para ser utilizado na Termelétrica Governador Mário Covas, em Cuiabá. Até o mês de junho a prioridade é atender a rede veicular, para a qual já está reservado o excedente da termelétrica. Quatro postos serão abertos para vender o gás natural a ser utilizado como combustível nos automóveis. A base distribuidora será construída num terreno da empresa em Cuiabá.

Quando a comitiva da Expedição Estradeiro 4 passou por Santa Cruz (em 13.02), o presidente da MT Gás, José Carlos Pagot, conversou com empresários que distribuem o gás. “Podemos dizer que as reservas e o potencial são excelentes tanto na Bolívia como no Peru (região de Puno). Estamos no caminho certo, o gás é competitivo, tem bom preço”, disse ele. Ainda nesse primeiro semestre haverá uma reunião com os empresários, que poderá ser em Santa Cruz ou Cuiabá, para discutir o contrato.

Pelos planos da MT Gás, em quatro ou cinco anos o consumo diário do gás boliviano vindo de Santa Cruz deverá chegar a um milhão de metros cúbicos em Cuiabá. Serão atendidos hospitais, indústrias, shoppings e veículos. Para julho está previsto o início da construção de uma termelétrica em Campo Grande. Em um ano e meio, seriam necessários dois milhões de m³ para atender a demanda de consumo da termelétrica e a cidade.

E daqui a cinco anos, com investimentos na rede do gasoduto, aumentando a capacidade das estações de bombeamento de gás, pode-se atender a um consumo de sete milhões de m³ e é provável que, com o apoio de empresas privadas, o gás chegue a Rondonópolis (210 km ao Sul de Cuiabá). A grande cliente do gás boliviano é a Petrobras, que compra diariamente 23 milhões de m³ para atender os grandes centros. Como o gasoduto tem um suporte de até 30 milhões de m³, restam ainda 7 milhões de m³ que podem ser contratados pelos Estados interessados.



O processo de licitação e concorrência pública para a construção das redes de distribuição do gás será deverá ocorrer em 90 dias. Após esse período, será dada a ordem de serviço e o trabalho deve acontecer entre maio e junho. “O volume de compra de gás será aumentado de forma gradual e de acordo com a demanda de consumo”, explicou José Carlos Pagot.





Fonte: Secom - MT

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