Venda de títulos de capitalização aumentou 10%

O setor de títulos de capitalização registrou um incremento de 10% nas vendas em 2004. O faturamento total no período corresponde a R$ 6,6 bilhões. Mato Grosso ocupa o 13º lugar no ranking nacional de vendas do setor, com R$ 95,4 milhões faturados. O volume equivale a 1,45% de participação no setor no ano passado.

De acordo com a presidente da Comissão de Capitalização da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), Rita Batista, cerca de 441 milhões de títulos, incluindo as tradicionais Tele Senas, foram comercializados.

Conforme o levantamento da Fenaseg, em todo o país foram cerca de R$ 300 milhões distribuídos em sorteios a mais de 150 mil pessoas. Os títulos são os mais diversos e atendem a todos os tipos de renda. Os títulos com parcelas mensais, por exemplo, podem variar de R$ 5 e R$ 2,5 mil. Os títulos com pagamento único podem custar até R$ 5 mil.

Entre as vantagens, Rita Batista ressalta a cultura de poupar que a capitalização pode oferecer. "Os títulos possibilitam a poupança programada. Isso é excelente para as pessoas que precisam, mas não conseguem guardar o dinheiro. Embora a poupança tenha rendimentos maiores, em muitos casos o usuário não se sente na obrigação de depositar", declara. A representante da Fenaseg lembra ainda que o período de carência mínimo de 12 meses colabora na criação da reserva em dinheiro.

Atualmente, 13 empresas dividem o mercado de capitalização brasileiro. Todas participam da Comissão de Capitalização da Fenaseg. No ranking de negócios, em primeiro lugar desponta o Banco do Brasil, seguido pelo Bradesco, Itaú, Icatu Hartford e Unibanco. A Icatu Hartford, diferente dos citados, não possui filiais próprias, oferecendo seus títulos em bancos estaduais e lojas de departamentos.

Rita revela que dificilmente há concorrência direta no setor. E que em geral as empresas acabam ofertando esses produtos e vendendo a clientes que já compõe a carteira fixa das instituições.