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Saúde
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 06:57

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Pouco preservativo, ausência de pílula do dia seguinte até em casos de estupro, distribuição irregular de pílulas anticoncepcionais e uma clientela que não saber sequer o que é "planejamento familiar".

Na avaliação da assistente social da secretaria municipal de saúde de Cuiabá, Soraia Maciel, muitas mulheres não se cuidam por falta de conhecimento e/ou informação. Outras, até sabem que precisam evitar a gravidez e as doenças, mas, por estarem inseridas em um contexto cultural em que a mulher deve se submeter à vontade do homem, deixam de exigir do parceiro o uso do preservativo.

Na cabeça de muitas mulheres, usar pílula ainda significa engordar, ter enjôos e outros efeitos colaterais. De acordo com a diretora de Atenção Básica à Saúde do município, Rita Borges, muita gente não sabe ainda que as unidades de saúde fornecem algumas opções de medicamento, caso a paciente não se adapte. "Elas não usam muitas vezes porque não querem. Justificam que passaram mal".

Para Soraia, diminuir o número de filhos na família brasileira ainda envolve mudança cultural. "A mulher brasileira ainda não se toca, não se conhece e não se impõe durante a relação sexual. As famílias ainda têm dificuldade de diálogo sobre sexualidade".

Por uma questão de reestruturação, Rita não soube especificar quantas cartelas de anticoncepcional a secretaria distribui por mês. Também não soube informar quais exatamente são os métodos disponíveis na rede básica de saúde.

Até existem exemplares do Dispositivo Intra-Uterino (DIU) em algumas policlínicas, mas faltam profissionais habilitados para inseri-los.




Fonte: A Gazeta

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