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Cidades/Geral
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 06:42
Por: José San Martin

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A diretoria do Sindicato dos Agentes Policiais do Estado de Mato Grosso (Siagespoc) entende que a única saída para amenizar a situação atual é a realização de um concurso. O sindicato observa que nos oito anos do governo anterior foram realizados dois concursos, sendo o segundo no final do mandato. Os aprovados foram chamados pela atual administração. “Não entendemos por que há mais de um ano está pronto o edital para o concurso e o governo não autoriza”, destaca.

Atualmente, segundo o presidente do Siagespoc Cledson Gonçalves da Silva existem 1,7 mil homens na Polícia Civil mato-grossense, sendo aproximadamente 500 na capital e Várzea Grande. O Estado possui uma demanda de pelo menos mais 1,5 homens.

“Essa carência de efetivo inviabiliza totalmente o serviço do profissional. Várias delegacias não têm agente prisional e o policial – além de investigar e prender –, tem de fazer esse tipo de serviço. Se tivéssemos um um agente prisional em cada delegacia já compensaria”, sugeriu, salientando que existem aproximadamente 500 agentes prisionais concursados aguardando para ser chamados.

“Se formos resumir todos esses problemas é o seguinte: todos os secretários de Estado alegam a mesma questão da falta de recursos financeiros. Não entendemos como, se a arrecadação do Estado está crescendo mês a mês. Se não tem recursos para a Segurança Pública, o que a população pode esperar?”, indaga.

Saúde em baixa

Gonçalves afirmou que o Siagespoc ainda não fez um levantamento de conseqüências da insalubridade que estaria acometendo os servidores da Polícia Civil. “Tem mês que são detectados problemas, outros meses, não. Mas constantemente os policiais sofrem reflexos da sobrecarga e péssimas condições de trabalho, principalmente no interior. Lá é pior, porque não têm o sindicato para cobrar por eles. Há municípios que têm apenas um policial civil, como Itaúba, Feliz Natal, Novo São Joaquim e outros. E tem lugar em que a delegacia está fechada, a exemplo de Santa Helena, no Araguaia”, denunciou.

Esperança – Gonçalves analisa que há 20 anos o efetivo da Polícia Civil era maior que o atual, apesar da população corresponder a um terço da atual, distribuída em 140 municípios. O efetivo, observa, que à época atendia pouco mais de 50 cidades não acompanhou o crescimento populacional. “Temos cobrado constantemente uma posição do governo sobre efetivo e esperamos uma resposta ainda este ano”, completou.




Fonte: Folha do Estado

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