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Cidades/Geral
Domingo - 20 de Fevereiro de 2005 às 12:27

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A inclusão do “ficar” como forma de relacionamento entre os idosos e a comercialização do Viagra começam a preocupar os profissionais especializados na área. “É importante começar a pensar em trabalhar a orientação sexual entre os idosos, principalmente a questão dos preservativos e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), inclusive a Aids, porque esses assuntos não faziam parte da realidade deles” frisou a cientista social, Alice Magalhães.

Desde 1985, quando o programa de Combate às DST/Aids de Cuiabá começou a notificar os casos de Aids, o número de idosos portadores do vírus HIV aumentou. O mesmo aconteceu com a faixa etária dos pacientes (novos casos). De 1985 à 1989, dois casos de Aids foram registrados entre pessoas de 50 à 59 anos. Em 2004, o número subiu para 17. Entre os anos de 1995 e 1999, foi registrado o primeiro caso de Aids em paciente com mais de 80 anos.

Nos últimos 20 anos, o Programa de Combate às DST/Aids em Cuiabá registrou 48 casos de Aids entre pacientes de 50 à 59 anos. De 60 à 69 anos, 15 casos e de 70 à 79, cinco. Nesse mesmo período, foi notificado o único caso de paciente com mais de 80 anos. Técnicos da SMS explicam que um dos motivos pode ser o aumento das notificações por causa das orientações passadas pelos profissionais da saúde. Mas a redescoberta da sexualidade também é levada em consideração.

“Sem dúvida alguma a mudança de hábitos sexuais dos idosos também vem influenciando no aumento de casos de Aids. Eles querem se divertir, aproveitar o momento de liberdade. Por isso temos feito um trabalho de orientação nas unidades básicas de saúde, além da distribuição de preservativos”, explicou a Coordenadora de Educação em Saúde e do Programa DST/Aids de Cuiabá, Andréia Fernandes. (AC)




Fonte: Diário de Cuiabá

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