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Cidades/Geral
Domingo - 20 de Fevereiro de 2005 às 10:47

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A coordenadora da ONG Corações Amigos, Leiry Maria Rodrigues, diz estar "indignada" com a suspensão no fornecimento dos medicamentos e responsabiliza a falta de ação do governo federal.

Para ela, seria preciso que o país quebrasse a lei de patentes internacional para ter condições de fabricar as matérias-primas do AZT e do 3TC. "A quebra era para ter sido feita em 1995, mas o ministro da Saúde da época preferiu fazer um acordo com os fornecedores, que agora acabou", afirma Leiry. A falta de investimentos também teria causado problemas de estrutura na saúde pública. Segundo ela, o maior laboratório do país poderia produzir até 15 tipos de medicamento, mas a escassez de recursos humanos e de verbas estaria limitando essa capacidade em nove tipos.

Leiry lembra que a interrupção no tratamento é ainda mais nefasta para os pacientes que estão em "terapia de resgate", ou seja, os três medicamentos básicos do coquetel já não fazem mais efeito. "Esses pacientes têm que tomar, sem falta, cinco ou seis drogas para controlar a doença. Mais de um dia sem o remédio pode ser fatal", constata. Na visão da coordenadora, a previsão de que os estoques devem durar até dois meses é superestimada. "No mês que vem já vai faltar remédio", prevê. Dia 1º de março, a ONG e outras entidades vão pedir apoio aos deputados.(DP)




Fonte: A Gazeta

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