Pró-sírios: convocação à "intifada" é atentado à unidade da nação

Um grupo de deputados e políticos pró-governamentais emitiu neste sábado um comunicado conjunto no qual condena a convocação à "intifada pacífica" lançada na sexta-feira pela oposição anti-síria como "um atentado à unidade nacional". O grupo, que se reuniu na casa do conhecido político pró-sírio Nabih Berri, incluía todos os componentes da sociedade libanesa (cristãos, sunitas e xiitas), e constituía uma espécie de réplica à reunião realizada na sexta-feira pela oposição.

O comunicado lido pelo Rachad Salame (chefe do setor pró-sírio das Falanges cristãs) acrescenta que nenhum grupo político "deve ultrapassar os limites traçados para preservar a unidade nacional", em alusão à convocação feita ontem para levar os protestos à rua. Os congregados sugeriram aos opositores que iniciem com eles "um diálogo aberto, franco e incondicional".

Depois de condenar sem rodeios o atentado contra o ex-primeiro-ministro Rafik Hariri e pedir "uma investigação séria", asseguraram que "esse crime tem como objetivo não só assassinar os símbolos do país, mas também a unidade nacional, a reconstrução e o processo político".

O deputado Jibran Araylle, membro do Partido (libanês) Social Nacional Sírio, acusou a oposição de "colocar em perigo" o país com suas acusações contra a Síria, e atribuiu a atual crise à "ingerência estrangeira", em alusão às pressões ocidentais para a saída das tropas sírias do país.