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Internacional
Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 10:51

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Seul - O diretor do departamento internacional do Partido Comunista da China, Wang Jiarui, viajou neste sábado à Coréia do Norte para tentar convencer o governo a retomar as negociações sobre o fim do programa nuclear do país. A China já influenciou o governo norte-coreano a voltar à mesa de discussões outras vezes.

Há uma semana, o governo de Pyongyang afirmou que continuaria afastado "por um período indefinido" das negociações entre os seis países e que "incrementaria" o seu arsenal nuclear. Na sexta-feira, o governo americano voltou a criticar a Coréia do Norte, classificando os esforços norte-coreanos para desenvolver armas nucleares de "beco sem saída".

O enviado chinês deve permanecer na Coréia do Norte até a segunda-feira, mas a China não detalhou a agenda dele no país. De acordo com a Xinhua, a agência oficial de notícias da China, "os dois lados vão trocar pontos de vista sobre os contatos multilaterais em 2005, bem como questões internacionais e regionais de interesse mútuo."

A China sediou três rodadas das negociações e tem a intenção de se manter à frente das iniciativas diplomáticas com a Coréia do Norte, considerada um aliado fundamental.

Fontes diplomáticas afirmam que os chineses se surpreenderam com as alegações da Coréia do Norte de que o país já tem armas nucleares. No entanto, desde então, os chineses vêm pedindo calma e descartaram a imposição de sanções contra o país.

O principal negociador de Washington, Christopher Hill, afirmou que o programa bélico nuclear norte-coreano é um "enorme erro" e que o projeto vem causando danos à economia do país e às relações com outros países.

A Coréia do Sul vem se mantendo fiel à política de reconciliação com os vizinhos, enquanto os americanos defendem reações mais duras.

Na sexta-feira, os sul-coreanos anunciaram que permitirão que a sua companhia elétrica estatal forneça energia ao complexo industrial Kaesong, localizado nas proximidades da fronteira norte entre os países. O projeto Kaesong, aprovado em 2000, é visto como um símbolo da política de reconciliação entre as Coréias.





Fonte: BBC Brasil

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