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Cidades/Geral
Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 10:44

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A situação envolvendo o fechamento do posto de atendimento do Sine em Alta Floresta pode estar perto de ser resolvida, mas um fato mostra que a decisão tomada pela superintendente do Sine vai ser difícil de ser explicada. Ivone Lucia Rosset alegou, após inspeção no posto, que o local não era apropriado para o funcionamento do Sine. Depois, em reunião com a prefeita Maria Izaura, disse que havia irregularidades administrativas que comprometiam a instituição. Ontem o coordenador do órgão, Juares Fermino Paes, disse que o fechamento é resultado de perseguição pessoal.

Juares conta que em oito anos de funcionamento do Sine em Alta Floresta, nunca o posto havia passado por uma fiscalização como a do início do mês. Bastou ele tomar posse, em três de janeiro, que no dia seguinte Rosset pediu uma série de documentos que comprovariam irregularidades do antigo coordenador. Três dias depois, surpreendendo todos os funcionários, a superintendente bloqueou todos os acessos ao sistema. A partir desse dia, nenhuma ação pode ser tomada pelos funcionários. As senhas só voltaram a ser liberada no dia 19, mas inicialmente para apenas um dos funcionários. Depois da vinda de Ivone Lucia, a senha voltou tirada e o posto, lacrado.

O coordenador acredita que o posto volte a ser reaberto. Inclusive, no mesmo local onde está estabelecido a quatro anos. Juares afirmou, entretanto, que só voltará a funcionar com novos funcionários, o que teria sido uma imposição da superintendente. “Uma das questões é trocar todos os funcionários. O posto não abriu ainda porque estamos aqui. A partir do momento que chegarem os funcionários, o posto volta a funcionar”, revela.

Sobre a alegação de irregularidades, Juares justifica dizendo que, por causa do sistema e para auxiliar trabalhadores que procuraram o posto vindo de locais distantes, recebiam a papelada do seguro-desemprego e davam encaminhamento nos dias posteriores, quando o sistema funcionava. A alegação de que não havia o pronto encaminhamento para o mercado de trabalho, na visão de Fermino Paes não procede, porque nem todos os pedidos de seguro eram de trabalhadores do município.

Tanto o coordenador, como outros funcionários (dois já foram remanejados para outros departamentos da prefeitura) ficaram expostos pela forma como o posto foi fechado, e são taxados na rua como fraudadores do Sine. “Ela acusou que a gente estava fazendo fraude. As pessoas pensam que nós estávamos roubando. É bom deixar claro que aqui no Sine não vem verba estadual ou federal. Aqui funciona através de convênio e ninguém se apropriou de dinheiro público”, esclarece.

“A culpa do fechamento do Sine é quase total dela mesmo”, ataca.

O coordenador cita que na resolução do Sine, cada posto deve monitorado diariamente e isso pode ser feito através do próprio sistema. Em caso de improbidade, o coordenador deve ser alertado no dia seguinte. A cada semana, relatórios devem ser encaminhados à superintendência. “Em dois anos ela nunca cobrou isso”, revela, dizendo que Ivone Rosset foi omissa em suas responsabilidades. “Eu me sinto perseguido, ela tirou o nosso acesso”, acusa, justificando que o encaminhamento ao mercado de trabalho em janeiro não foi feito em razão do impedimento dos funcionários em acessarem o sistema.

Pra encerrar, Juares lembra que em uma outra cidade, o coordenador do Sine foi afastado por irregularidade, mas o posto continuou funcionando normalmente. Diferente do que aconteceu em Alta Floresta, cuja decisão está atrapalhando moradores de Alta Floresta e de todos os municípios circunvizinhos.





Fonte: Diário News

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