Prostíbulos continuam funcionando

A fiscalização da prefeitura de Cuiabá voltou ontem ao centro histórico da capital. Na quinta-feira, oito prostíbulos foram fechados. Ontem, o objetivo era verificar se os proprietários haviam cumprido a determinação de não abrir as portas. Seis estabelecimentos acabaram lacrados pelos fiscais, que afixaram cartazes informando a interdição dos estabelecimentos.

Ontem à tarde, comerciantes telefonaram à redação do Diário comemorando o fechamento dos bares. Mas se mostraram preocupados com a possibilidade da prostituição migrar para outros pontos dentro dos calçadões. “Elas foram tudo para a lanchonete hoje”, contou a proprietária de um prostíbulo da rua 07 de Setembro, que havia sido fechado. A lanchonete a que se referiu fica ao lado da casa dela, onde mora com os três filhos há quase vinte anos. Hoje, garantiu, reabriria o local. “Vou deixar cerveja estourando aí no freezer?”, questionou.

A maioria dos prostíbulos funciona como bar e não contrata as prostitutas. O que os caracteriza é o fato de possuírem quartos para “aluguel”. É justamente isso que a prefeitura proíbe. Segundo o coordenador de fiscalização, José Maria de Assunção, ontem, um deles estava isolando o acesso aos quartos. Como este estava se readequando, não foi interditado.

Um dos prostíbulos mais conhecidos do centro, o “Escritório”, funcionou ontem. De acordo com o coordenador da fiscalização, apesar de proibido pela legislação, o local possui alvará de funcionamento que permite e venda de bebidas e a prostituição. A prefeitura está analisando o caso.

Na quinta-feira, a ordem era para que os locais permanecessem fechados até se adequarem. Ontem, mesmo sem abrir as portas, quatro deles foram interditados de forma definitiva. Aos poucos, a ação dos fiscais começa a convencer até mesmo os proprietários dos prostíbulos. “Em parte é bom por causa dos bandidos, os trombadinhas ficam roubando as pessoas... Cabaré que é cabaré eles querem fechar mas por que não acabam com os bandidos?”, provoca um deles.