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Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 07:15
Por: Alex Fama

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Um novo tipo de arma não letal pode começar a ser usada pelo sistema de segurança de Mato Grosso. A nova tecnologia chama-se Taser M-26. Ela é uma arma de contenção e produz uma descarga que pode imobilizar qualquer pessoa.

O representante da arma no Brasil, Elton Clemente Júnior, fez uma pequena demonstração, ontem a tarde, para os policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil do que o equipamento é capaz de fazer com uma pessoa. Os próprios policias foram voluntários dos testes e sentiram na pele o poder de choque da arma.

O delegado do GOE, Carlos Cunha, foi o primeiro a testar a arma. Para ele, o instrumento cairia bem para a contenção da violência contra a sociedade e para os próprios policiais. "Em um caso de confronto entre a polícia e os bandidos esta é uma das armas mais indicadas, por que paralisa o bandido em vez de matá-lo", explicou Cunha.

No entanto, o delegado ressalta que este tipo de instrumento não dispensaria o uso da arma de fogo usada atualmente, mas ela acrescentaria, sendo um recurso a mais contra os bandidos.

De acordo com Elton, no Brasil, apenas a guarda de Florianópolis utiliza a arma. Cuiabá poderá ser a segunda, mas depende de uma série de prioridades estipuladas pela Secretária de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Segundo o secretário adjunto da Sejusp, coronel Élcio Hardoim, a arma é bem vista, eficiente e até necessária. Porém, o coronel acha que há outras prioridades mais urgentes no momento do que a aquisição destas armas. "Nós sabemos da eficácia da arma, mas temos outras prioridades como a construção de cadeias e melhoria nos sistema prisional do Estado", argumentou o secretário adjunto.

A Taser M-26 é bastante comum nos Estados Unidos e em parte dos países europeus. Ela possui um sistema de identificação de tiro que registra os últimos 585 disparos, contendo a data, a hora e a duração. Juntamente com os dardos são expelidos dezenas de confetes com o número de série do cartucho, que identificam o agente, evitando qualquer possibilidade de uso indevido.

A arma possui mira laser acoplada, que elimina a margem de erro, garantindo a eficácia do disparo. Através de um sistema de propulsão, a arma lança dois dardos, que penetram a roupa do suspeito e aderem ao corpo, liberando uma descarga elétrica de 50 mil Volts a uma amperagem de 0,0036.

Segundo Elton, a descarga produzida pela arma, não mata uma pessoa, nem aquelas que possuem problemas do coração ou que tenham implantado marca passo.




Fonte: A Gazeta

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