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Polícia Brasil
Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 02:25
Por: Lissandra Paraguaçu

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Brasília - A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta sexta-feira seis pessoas de classe média alta acusadas de controlar o tráfico de ecstasy na região. Além dos comprimidos, os presos também distribuíam LSD, haxixe e skank, um tipo de maconha modificada para se tornar mais forte. Um sétimo integrante do grupo foi preso à noite na ilha de Fernando de Noronha pela polícia civil de Pernambuco.

A investigação que levou à prisão da quadrilha durou quatro anos e surpreendeu por ter encontrado entre os líderes do grupo empresários, servidores públicos e estudantes, todos moradores de áreas nobres do DF, como o Lago Sul e a Asa Norte. O fato de pertenceram a famílias de classe média alta foi justamente um dos problemas encontrados pela polícia na investigação. "São pessoas de recursos, que podiam viajar ao exterior várias vezes sem necessariamente levantar suspeitas", disse o delegado Miguel Lucena, chefe de comunicação social da polícia.

A quadrilha trazia as drogas da Europa, normalmente Holanda, para distribuir no DF. Mas também fazia o caminho inverso, levando cocaína para o mesmo país. De acordo com a polícia civil, os integrantes do grupo iam para a Europa a cada 15 dias, em média. Voltavam por São Paulo ou Rio de Janeiro e então dividiam a droga para chegar até o DF. "Acreditamos que eles faziam uma divisão ao chegar da Europa para alcançar o DF por várias entradas", disse Lucena.

Uma da integrantes da quadrilha, Sandra Gorayeb, 36 anos, funcionária do Ministério Público da União, foi presa no aeroporto de Brasília com 800 gramas de haxixe e 2,5 quilos de skank. Mas, de acordo com Lucena, a polícia tem informações de que ela chegou da Holanda com um carregamento de ecstasy.

Os demais integrantes da quadrilha presos no DF são Leandro Caetano, empresário; Marcello Maghenzani, 29 anos, também empresário; Ricardo Piquet Carneiro, 33 anos, estudante de direito; Wladimir Bilotta, 33 anos, professor de inglês. Augusto César, 32 anos, foi preso em Florianópolis. O último a ser preso foi Marco Antônio Gorayeb, irmão de Sandra, encontrado na noite de quinta-feira em Fernando de Noronha. "Ainda temos indícios de outros participantes, especialmente na lavagem de dinheiro", informou Lucena.

As estimativas são de que o grupo distribuía cerca de 600 comprimidos de ecstasy por mês na cidade, especialmente em festas rave. Cada comprimido chega a ser vendido por R$ 70. Os sete acusados tiveram os mandados de prisão expedidos na terça-feira pela Justiça e devem ficar presos até o julgamento. Serão acusados de associação para o tráfico e por flagrante de tráfico.




Fonte: Agência Estado

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