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MT tem 12 marcados para morrer
Os nomes de 12 líderes de acampamentos que lutam por terra em Mato Grosso estão na lista dos 161 "ameaçados de morte" por grileiros da União, segundo informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT/MT).
O nome da missionária Dorohty Stang, 73, assassinada no último sábado (12), em Anapu (Pará), fazia parte do documento divulgado nacionalmente pela entidade.
Em Mato Grosso os nomes dos trabalhadores não foram divulgados a pedido da entidade, que teme aumentar a exposição destes. Todos teriam passado a fazer parte da lista depois de receber inúmeras ameaças motivadas por conflitos de terra. "Todo ano a CPT divulga um levantamento do conflito no campo e nesse livro também são apontados os nomes das pessoas que foram ameaçadas. O levantamento é feito a partir de matérias divulgadas na imprensa e de denúncias das próprias vítimas", explicou o assessor educacional da CPT, Adair José Alves Moreira.
Segundo Moreira, um dos casos foi registrado no acampamento Gama, em Nova Guarita (620 quilômetros de Cuiabá), onde 350 famílias estão acampadas desde março de 2003, numa área de 16 mil hectares. "Geralmente eles ameaçam por telefone, mas no caso deles foi diferente. Em julho de 2004, um grupo de encapuzados entrou armado na área, atirando para cima e ameaçando os assentados. Ali intimidaram e humilharam as pessoas para atingir os quatro líderes do povo", contou o assessor.
Moreira lembra que todas as denúncias foram encaminhadas para a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, para o Ministério Público e para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, porém ressalta que as providências práticas são inócuas. "No caso do acampamento Gama a polícia nunca conseguiu descobrir quem eram os encapuzados. Os procedimentos nunca vão para frente e nunca chegam a um julgamento. O que precisamos em Mato Grosso é uma mudança de conscientização de toda a população. Todos precisam entender que o parcelamento da terra é necessário e que, se não acontecer, aqui também teremos casos como o de Anapu", analisou. O assessor lembra que atualmente o Incra briga na Justiça para reaver terras da União ocupadas por grandes grileiros e que das 26 ações protocoladas pelo órgão, 19 tiveram decisão favorável em primeira instância, mas, na segunda, apenas uma das decisões foi mantida.
"O Incra sozinho não consegue fazer nada. Tem que ser uma mudança de mentalidade de toda a população, principalmente dos fazendeiros que têm que entender que a divisão de terras é necessária e que não queremos conflito", afirmou o assessor educacional da CPT.
O nome da missionária Dorohty Stang, 73, assassinada no último sábado (12), em Anapu (Pará), fazia parte do documento divulgado nacionalmente pela entidade.
Em Mato Grosso os nomes dos trabalhadores não foram divulgados a pedido da entidade, que teme aumentar a exposição destes. Todos teriam passado a fazer parte da lista depois de receber inúmeras ameaças motivadas por conflitos de terra. "Todo ano a CPT divulga um levantamento do conflito no campo e nesse livro também são apontados os nomes das pessoas que foram ameaçadas. O levantamento é feito a partir de matérias divulgadas na imprensa e de denúncias das próprias vítimas", explicou o assessor educacional da CPT, Adair José Alves Moreira.
Segundo Moreira, um dos casos foi registrado no acampamento Gama, em Nova Guarita (620 quilômetros de Cuiabá), onde 350 famílias estão acampadas desde março de 2003, numa área de 16 mil hectares. "Geralmente eles ameaçam por telefone, mas no caso deles foi diferente. Em julho de 2004, um grupo de encapuzados entrou armado na área, atirando para cima e ameaçando os assentados. Ali intimidaram e humilharam as pessoas para atingir os quatro líderes do povo", contou o assessor.
Moreira lembra que todas as denúncias foram encaminhadas para a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, para o Ministério Público e para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, porém ressalta que as providências práticas são inócuas. "No caso do acampamento Gama a polícia nunca conseguiu descobrir quem eram os encapuzados. Os procedimentos nunca vão para frente e nunca chegam a um julgamento. O que precisamos em Mato Grosso é uma mudança de conscientização de toda a população. Todos precisam entender que o parcelamento da terra é necessário e que, se não acontecer, aqui também teremos casos como o de Anapu", analisou. O assessor lembra que atualmente o Incra briga na Justiça para reaver terras da União ocupadas por grandes grileiros e que das 26 ações protocoladas pelo órgão, 19 tiveram decisão favorável em primeira instância, mas, na segunda, apenas uma das decisões foi mantida.
"O Incra sozinho não consegue fazer nada. Tem que ser uma mudança de mentalidade de toda a população, principalmente dos fazendeiros que têm que entender que a divisão de terras é necessária e que não queremos conflito", afirmou o assessor educacional da CPT.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/359209/visualizar/
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