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China ultrapassa EUA como maior consumidor mundial
A China substituiu os Estados Unidos na posição de maior consumidor das principais commodities agrícolas e industriais mundiais, diz um relatório do Earth Policy Institute, um centro de estudos baseado em Washington.
Os chineses se tornaram os maiores compradores de grãos, carne, carvão e aço, ficando atrás dos americanos apenas no consumo do petróleo.
"No caso do petróleo, os Estados Unidos ainda têm uma liderança sólida, consumindo o triplo da China – 20,4 milhões barris por dia, contra 6,5 milhões por dia", diz o texto assinado pelo economista Lester Brown.
Por outro lado, o relatório destaca que o consumo do aço, "um indicador-chave" do desenvolvimento industrial "explodiu" na China e é hoje maior do que o dobro consumido nos Estados Unidos.
O crescimento do uso do aço é atribuído ao rápido processo de urbanização pelo qual o país passa, com a construção de "milhares de fábricas, arranha-céus e prédios de escritórios".
TVs e geladeiras
Ainda segundo o relatório, os chineses também ultrapassaram os americanos – e com uma grande margem – nas compras de bens como televisões, geladeiras e telefones celulares.
Com base em dados como esses, o instituto conclui que a China não é mais um país em desenvolvimento e sim uma superpotência econômica emergente.
"Se o século passado foi o século americano, este parece ser o século chinês", diz o relatório.
País mais populoso do planeta, com 1,3 bilhão de habitantes, a China tem hoje a sexta maior economia mundial.
Com os seus 190 milhões de habitantes, os Estados Unidos têm o maior Produto Interno Bruto (PIB) do mundo.
Corrida
De acordo com o instituto, é apenas uma questão de tempo para que a China passe a consumir mais computadores do que os Estados Unidos. A mesma avaliação é feita para o setor de automóveis, com o relatório descrevendo a situação dos dois mercados como uma corrida.
"E a corrida está longe do fim. Com uma renda anual per capita de US$ 5,3 mil em 2004, um sétimo dos US$ 38 mil nos Estados Unidos, a China ainda tem um longo caminho até atingir os níveis per capita americanos." Por outro lado, o relatório destaca o impacto do aumento do consumo chinês no mercado mundial de commodities.
"O seu apetite voraz por materiais está elevando não apenas os preços de commodities, como as taxas de frete marítimo também."
Brasil
Segundo o instituto, as necessidades do "novo gigante industrial" também estão influenciando a política externa e o planejamento estratégico de países como o Brasil.
"Relacionamentos estratégicos com países ricos em recursos naturais como Brasil, Cazaquistão, Rússia, Indonésia e Austrália são construídos em torno de contratos de fornecimento de longo prazo para produtos como petróleo, gás natural, ferro, bauxita e madeira.
"Esses laços estratégicos que (a China) está formando são bem-vindos em países como o Brasil como um contrapeso à influência americana", afirma o relatório.
Os últimos números do governo chinês apontam para um crescimento de 9,5% em 2004 – o índice, que ficou acima do previsto, é o mais alto em oito anos.
Os chineses se tornaram os maiores compradores de grãos, carne, carvão e aço, ficando atrás dos americanos apenas no consumo do petróleo.
"No caso do petróleo, os Estados Unidos ainda têm uma liderança sólida, consumindo o triplo da China – 20,4 milhões barris por dia, contra 6,5 milhões por dia", diz o texto assinado pelo economista Lester Brown.
Por outro lado, o relatório destaca que o consumo do aço, "um indicador-chave" do desenvolvimento industrial "explodiu" na China e é hoje maior do que o dobro consumido nos Estados Unidos.
O crescimento do uso do aço é atribuído ao rápido processo de urbanização pelo qual o país passa, com a construção de "milhares de fábricas, arranha-céus e prédios de escritórios".
TVs e geladeiras
Ainda segundo o relatório, os chineses também ultrapassaram os americanos – e com uma grande margem – nas compras de bens como televisões, geladeiras e telefones celulares.
Com base em dados como esses, o instituto conclui que a China não é mais um país em desenvolvimento e sim uma superpotência econômica emergente.
"Se o século passado foi o século americano, este parece ser o século chinês", diz o relatório.
País mais populoso do planeta, com 1,3 bilhão de habitantes, a China tem hoje a sexta maior economia mundial.
Com os seus 190 milhões de habitantes, os Estados Unidos têm o maior Produto Interno Bruto (PIB) do mundo.
Corrida
De acordo com o instituto, é apenas uma questão de tempo para que a China passe a consumir mais computadores do que os Estados Unidos. A mesma avaliação é feita para o setor de automóveis, com o relatório descrevendo a situação dos dois mercados como uma corrida.
"E a corrida está longe do fim. Com uma renda anual per capita de US$ 5,3 mil em 2004, um sétimo dos US$ 38 mil nos Estados Unidos, a China ainda tem um longo caminho até atingir os níveis per capita americanos." Por outro lado, o relatório destaca o impacto do aumento do consumo chinês no mercado mundial de commodities.
"O seu apetite voraz por materiais está elevando não apenas os preços de commodities, como as taxas de frete marítimo também."
Brasil
Segundo o instituto, as necessidades do "novo gigante industrial" também estão influenciando a política externa e o planejamento estratégico de países como o Brasil.
"Relacionamentos estratégicos com países ricos em recursos naturais como Brasil, Cazaquistão, Rússia, Indonésia e Austrália são construídos em torno de contratos de fornecimento de longo prazo para produtos como petróleo, gás natural, ferro, bauxita e madeira.
"Esses laços estratégicos que (a China) está formando são bem-vindos em países como o Brasil como um contrapeso à influência americana", afirma o relatório.
Os últimos números do governo chinês apontam para um crescimento de 9,5% em 2004 – o índice, que ficou acima do previsto, é o mais alto em oito anos.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/359494/visualizar/
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