Lojistas contabilizam prejuízos com cobrança de estacionamento no Shopping Pantanal

Enquanto os consumidores protestam contra a cobrança pelo serviço de estacionamento, lojistas do Pantanal Shopping que atuam em diversos segmentos já começam a contabilizar no bolso os prejuízos. A queda no movimento é perceptível nas dependências do complexo comercial e alguns lojistas apontam reduções de até 50% na circulação de consumidores no local. A cobrança começou a vigorar na segunda-feira, dia 15, com uma taxa equivalente a R$ 2.

Os lojistas consultados apontam que a medida, inédita em Mato Grosso e que já afugenta a clientela, é um agravante ao quadro de conquista e fidelização dos consumidores. O Pantanal abriu suas portas no final de novembro, tempo insuficiente para que a maioria dos comerciantes recupere os investimentos realizados.

A empresária Waléria Aquino Teixeira, proprietária da franquia da Pizzamille nos shoppings Pantanal e no Iguatemi de Belém do Pará, confessa estar assustada com queda pela metade no movimento de clientes em seu espaço. "Acho muito prematura para Cuiabá essa novidade. Quem viu a movimentação até o dia 13 está assustado com a nova situação", sentencia.

Em outro espaço comercial, a loja Rodrigo Sport"s, houve uma redução na circulação de clientes estimada em 30%. A quarta-feira ilustra o cenário desfavorável ao lojista. O dia é marcado por intensa movimentação e vendas devido às promoções no cinema. No entanto, segundo o gerente Ederson Carlos da Silva, nem mesmo o atrativo impediu que a taxa de R$ 2 afastasse o consumidor do complexo nesta primeira semana.

A Studio Cartoon, especializada em roupas infantis, também dá sinais de queda nas vendas. Segundo informações de funcionários, a circulação de pessoas reduziu em 20% nos primeiros três dias da cobrança no estacionamento. "Todos aqui já estão apanhando para fazer a clientela. Com essa cobrança, imagine quantas placas não irão aparecer por aí dizendo "procura-se funcionário"", afirma Cácia Aparecida da Silva, uma das vendedoras da Studio, sugerindo que os vendedores, que geralmente recebem à base de comissões sobre as vendas, serão prejudicados.