Sete comunidades estão infestadas por caramujos africanos

Eles estão por toda parte. No lixo, na grama, na horta, nos muros, árvores e esgoto. Moradores de pelo menos sete bairros de Cuiabá denunciam a infestação de suas residências pelos caramujos africanos (Achatina fulica). Se tais moluscos estiverem, por sua vez, contaminados, pode haver um surto de doenças gastrointestinais não só na Capital, mas, em toda Baixada Cuiabana onde o molusco tem sido encontrado. Há risco de vida para a população.

Durante uma operação de retirada de caramujos africanos no bairro Santa Isabel, ontem de manhã, a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Cuiabá, Silene Rocha, explicou que ainda não existem informações de que essas espécies encontradas na região têm o verme nematódio, que é o grande vilão da história. Porém, como Mato Grosso tem contato com o fluxo hídrico da região Amazônica, onde há o verme, a contaminação dos moluscos pelo verme pode ocorrer rapidamente.

Caso isso se concretize, como a reprodução "africano" é bastante veloz, a saúde pública pode perder o controle da situação. Se o muco do molusco contaminado for ingerido através de alimentos, especialmente verduras, pode provocar a proliferação de diversas verminoses, com risco de perfuração do intestino, o que pode levar à morte. O Estado do Paraná e países da África também têm a praga.

De acordo com o secretário-adjunto de Meio Ambiente de Cuiabá, Gilson dos Santos, a população não deve coletar os caramujos sem tomar algumas precauções. "Tem que colocar luva ou usar saco plástico nas mãos. Depois, armazená-los em sacos de lixo e jogar cal em cima deles. Em seguida, chamar a secretaria ou o Centro de Controle de Zoonose". A secretaria está programando mutirão de coleta dos caramujos nos bairros infestados.

Informações ou denúncias: 617-1680 (CCZ)/ 617-1076.