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Esportes
Quarta - 16 de Fevereiro de 2005 às 20:50

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O técnico Bernardinho revelou que vai montar uma equipe B da Seleção Brasileira de vôlei masculino para preparar jovens valores sem jogá-los na fogueira de torneios internacionais antes da hora.

"A idéia é manter a base. Ninguém tem vaga garantida, mas ninguém está descartado. alguns jovens terão oportunidade nos lugares do Maurício, do Giovane e do Nalbert, que vai para a praia. Os outros vão brigar para manter a vaga, mas a base existe. Vou começar a trabalhar com um time B, formado por jovens muito bons que na minha opinião ainda não estão prontos para defender a Seleção internacionalmente. De repente vamos fazer uma excursão à Europa com o esse grupo intermediário para eles pegarem experiência."

O treinador admite que recebeu um convite para trabalhar na China, mas afirma que deixar a Seleção em um momento de cobrança devido à derrota na Olimpíada de Atenas seria covardia.

"Houve um contato da China, mas eu descartei, pois não tenho interesse de partir para uma aventura lá neste momento. Acho que ainda há muito a se fazer aqui no Brasil. Temos uma tarefa muito dura para esse próximo ciclo olímpico. Se deixasse a Seleção nesse momento seria um pouco covarde, pois agora é só pedrada. Ganhando não é notícia, mas se perder o mundo desaba. O dinheiro é importante, mas não pode mandar na gente."

Bernardinho ressalta que prepara um projeto para os Jogos Olímpicos de 2008. "Esse tem que ser um projeto de quatro anos. Nossos objetivos nesse ciclo são o Mundial de 2006, o Pan de 2007 e a Olimpíada de 2008. Não podemos ter um timaço agora e daqui a dois anos não termos força."

O comandante da Seleção conta que ainda não escolheu a função de Giovane, convidado para trabalhar na comissão técnica.

"Quero tê-lo próximo a mim, mas não sei se como assistente-técnico. Não sei se ele, depois de 15 anos de dedicaçção total à Seleção vai continuar como vontade de seguir nessa rotina, abrir mão de ficar com a família, etc. Quero que ele fique por perto para servir de referencial para os jogadores, ser um referencial. Ele é um cara que ainda tem muito a dar para o vôlei e é fundamental que esses grandes nomes não se afastem do esporte, como já ocorreu no passado."





Fonte: Lancepress

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