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Internacional
Quarta - 16 de Fevereiro de 2005 às 19:50

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A solução para a crise entre a Colômbia e a Venezuela tem implícito um novo erro dos Estados Unidos na América Latina, pois sua intervenção, em vez de agravar o problema, contribuiu para solucioná-lo, afirmou nesta quarta-feira o governo venezuelano.

"O governo americano se equivocou mais uma vez na América Latina no caso das relações colombo-venezuelanas. Pode ter pensado que pioraria o problema, mas sofreu um grande golpe porque sua intervenção foi um fator determinante para normalizar a situação", disse uma nota emitida pela vice-presidência.

Através de declarações de porta-vozes oficiais, os Estados Unidos foram os únicos que tomaram uma posição sobre a crise enfrentada durante mais de um mês pelos governos da Colômbia e da Venezuela por causa da detenção, em dezembro do ano passado, do chefe guerrilheiro colombiano Rodrigo Granda.

As intervenções das outras nações latino-americanas e européias tiveram um caráter mediador e conciliador, enquanto Washington tomou posição a favor da Colômbia. "As características da relação entre Venezuela e Colômbia criam uma espécie de blindagem frente à provocação", disse na nota o vice-presidente José Vicente Rangel.

Além disso, ele garantiu que "a vontade dos dois povos está acima de qualquer episódio e circunstância que estabeleça diferenças". "Essa vontade é muito forte e acredito também que ficou comprovado que dizer que os países são irmãos não é retórica, é o que acontece". disse.

O problema entre os dois países foi solucinado depois da reunião dos presidentes Álvaro Uribe e Hugo Chávez, da Colômbia e da Venezuela respectivamente, ontem em Caracas. Além deles, Rangel também participou desse encontro a convite do governante colombiano.

Ao se referir a essa reunião, Rangel expressou que serviu para esclarecer totalmente todos os pontos conflituosos.

"Não houve feridas e ficou claro o conceito de soberania, que a Venezuela não é santuário de terroristas e que a presença de terroristas tanto em território colombiano quanto no venezuelano deve ser alvo de uma resposta de Estado para neutralizá-la", disse o vice-presidente no comunicado.

Depois da emissão da nota, Rangel declarou à imprensa que "os EUA devem refletir sobre sua política com a Venezuela".

Ele ainda destacou que as recentes visitas a Caracas dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Álvaro Uribe, "demonstram que Chávez está rodeado de solidariedade, enquanto a política de semear inimizade dos EUA está isolada".

"Temos uma relação normal com os EUA na luta contra a droga e contra o terrorismo e no abastecimento confiável de petróleo, mas queremos ter essa situação também no plano político, mas para isso devem mudar seu discurso", disse o vice-presidente.





Fonte: EFE

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