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Internacional
Quarta - 16 de Fevereiro de 2005 às 13:39

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Os governos do Irã e da Síria anunciaram nesta quarta-feira que vão formar uma frente comum para enfrentar desafios e ameaças que vêm "do exterior". "Estamos prontos para ajudar a Síria de todas as maneiras a confrontar ameaças", afirmou o vice-presidente iraniano, Mohammad Reza Aref, depois de um encontro com o primeiro-ministro da Síria, Naji Al-Otari.

Ambos os países estão sob pressão intensa dos Estados Unidos. O governo americano acusa o Irã de estar desenvolvendo tecnologia para produção de armas nucleares.

A tensão entre Estados Unidos e Síria aumentou desde o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri na segunda-feira, na explosão de um carro-bomba em Beirute.

Diplomacia

Muitos libaneses culpam a Síria pela explosão do carro-bomba, mas o governo sírio negou ser o responsável pelo incidente.

Os Estados Unidos chamaram de volta a Washington sua embaixadora na Síria, Margaret Scobey, que teve conversas com autoridades sírias no Ministério das Relações Exteriores do país antes de viajar. Ela não fez comentários sobre o teor das conversas.

Washington está avaliando novas sanções contra a Síria, por causa da recusa do país em retirar 14 mil soldados que mantém no Líbano.

O subsecretário de Estado americano William Burns, que estava em Beirute para o funeral de Hariri, pediu "uma retirada completa e imediata".

"Momento delicado"

Em Teerã, o primeiro-ministro da Síria disse que seu encontro com a liderança iraniana está acontecendo em um "momento muito importante e delicado, em que Síria e Irã enfrentam numerosos desafios".

O vice-presidente do Irã disse que seu país ficaria ao lado da Síria.

"Nossos irmãos sírios estão enfrentado ameaças específicas e temos esperança de que eles possam se beneficiar de nossa experiência. Estamos prontos para dar a eles qualquer ajuda necessária", disse Aref.

O encontro coincide com declaração do ministro de Inteligência do Irã, Ali Yunesi, que disse que os Estados Unidos têm usado aviões de investigação sem pilotos para sobrevoar suas instalações nucleares.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom, falando em Londres, disse que o Irã está a seis meses de construir a bomba nuclear.

O Irã, por sua vez, diz que seu programa nuclear não é militar.





Fonte: BBC Brasil

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