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Economia
Quarta - 16 de Fevereiro de 2005 às 11:30
Por: Jonas da Silva

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De acordo com o presidente da Empaer, Aréssio Paquer, a proposta de aproveitamento do chorume – líquido escoado de matéria orgânica – é uma iniciativa para a comercialização do seqüestro de carbono permitida com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto.

O presidente da autarquia afirma que na produção de carne suína o chorume é uma conseqüência natural da criação dos animais. O subproduto originário do estrume dos animais e ingredientes da sua alimentação, ao ser depositado no ambiente, produz gás metano e gás sulfídrico, poluentes em potencial. A queima simples desse resíduo produz para a atmosfera o gás carbônico (CO2), cuja concentração aumenta a temperatura.

“Nossa idéia é levar esse chorume para um grupo gerador para produzir energia para economizar a queima de diesel, por exemplo”, afirma ele, sobre a praticidade do projeto para o meio ambiente nas granjas suínas. “Vamos colocar na frente do biodigestor, equipamento onde fica o chorume, um queimador normal com um tubo metálico. E o processo de biogás vai tornar a suinocultura uma atividade sem impacto ambiental”, diz.

Aréssio cita ainda que o gás natural pode ser um combustível alternativo na queima do metano usado para movimentar motores na produção de energia. “A gente usa gás metano para queimar nos motores e deixamos de usar óleo diesel. Pois vamos substituir motores a óleo diesel por motores a gás natural”, explica. Neste caso, na ausência do gás orgânico resultante do chorume pode ser usado o gás natural como complemento.

Para isso, afirma, ele teve reunião esta semana com o presidente da Companhia Mato-grossense de Gás (MTGás), José Carlos Pagot, para acertar detalhes do projeto. Quanto ao simpósio para definir a proposta e a formação da bolsa de comercialização do carbono, Aréssio diz que neste mês pretende ter o evento definido, com participação de especialistas sobre o assunto.

PROTOCOLO DE KYOTO – O início da validade do Protocolo de Kyoto será feito com a ratificação da norma por 141 países, com a ausência dos Estados Unidos e da Austrália, que alegam perdas na produção econômica com a adoção do instrumento de controle ambiental. No grupo estão 30 países industrializados. As regras básicas do acordo foram definidas em 1997, durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, na cidade japonesa.

Os Estados Unidos emitem 40% dos gases do efeito estufa dentre os países industrializados e 21%, comparadas às demais nações do globo. O país decidiu não aderir ao Protocolo desde 2001. Só em gás carbônico, os países emitem entre 20% a 80% do total de gases para a atmosfera.

Segundo a agência internacional de notícias AFP/EFE, o pacto ambiental inclui seis substâncias químicas que devem ter sua emissão reduzida: além do gás carbônico (CO2), metano (CH4), óxido de nitrogênio (N2O) e compostos do flúor (HFC, PFC, SF6).





Fonte: Secom - MT

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