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Economia
Quarta - 16 de Fevereiro de 2005 às 10:07
Por: Carlos Martins

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Santa Cruz de la Sierra, Bolivia - O secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia de Mato Grosso, Alexandre Furlan, um dos que integram a comitiva, destacou que o discurso do governador Blairo Maggi, em Santa Cruz de La Sierra, na noite de domingo (13.02), se pautou, mais uma vez, pelo que é realizável. "Ele fala direto o que pode ser feito e quando pode ser feito. E se aquilo não for viável, ele diz logo que não dá para fazer, sem enrolação", afirmou Furlan.

Ele avalia que a Bolivia está iniciando hoje um estágio já trilhado pelo Brasil. Em 2003, a Bolívia apresentou um PIB de US$ 7,7 bilhões, contra US$ 492,5 bilhões do Brasil, no mesmo ano. Enquanto nossos vizinhos apresentaram um saldo negativo na balança comercial de US$ 196 milhões, o Brasil apresentou um superávit de US$ 33,3 bilhões.

"O Brasil apresenta características de ganhar outros mercados. Hoje, é mais fácil nossos empresários colocarem seus produtos na Bolívia do que o contrário", avaliou o secretário.

Furlan entende que o objetivo dessa expedição é a prospecção de possibilidades futuras e se baseariam em três vertentes. A primeira é a integração efetiva entre os povos e começa pela interlocução nestes três países: Bolívia, Peru e Chile. A segunda vertente é o levantamento dos negócios que podem complementar as necessidades entre estes países. A terceira é: a expedição pode indicar se é viável a saída para o Pacífico.

Para o secretário, é fundamental conhecer as estruturas nos Portos de Ilo e Matarani, no Peru, e em Arica e Iquique, no Chile. "Precisamos saber se têm calados suficientes para receber navios de alto porte e se teremos economicidade no transporte por estes portos". Ele acredita que estes três quesitos serão contemplados. Mas, como governador Blairo Maggi disse em seu discurso, se este não for o melhor caminho, obviamente, não será utilizada essa alternativa. Porém, o Governo terá dado um grande passo para ver se é viável ou não o que se discute há mais de 40 anos, que é a saída pelo Pacífico.

SEMINÁRIO - Quanto ao seminário que será realizado em março, em Cuiabá, Furlan afirmou que o evento é importante, na medida em que o Brasil busca uma integração latino-americana e pretende capitanear esse processo. Por isso, nada melhor do que os empresários bolivianos (e também os peruanos e chilenos, que também serão convidados) compareçam para expor suas idéias e problemas. Segundo ele, a partir da avaliação das necessidades, é que o Brasil poderá prestar a esses paéses apoio de forma gradual, mas eficiente e sólida.





Fonte: Secom - MT

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