Ativista gay é amarrado e morto

O ativista gay Samuel Maciel de Arruda, 25, foi amarrado, espancado, apedrejado e morto. Ontem a Polícia de Rondonópolis (200 km de Cuiabá) encontrou o corpo dele, que também é auxiliar de enfermagem na Santa Casa e na Penitenciária da Mata Grande, enterrado em uma cova rasa, em uma fazenda no município de Pedra Preta (45 km de Rondonópolis). A princípio, havia a suspeita do crime ter sido cometido por homofobia (ódio a homossexuais), hipótese descartada, apesar da mesma vítima ter sofrido, há 2 meses, uma tentativa de homicídio.

Samuel saiu de casa na última quinta-feira (10) e informou à mãe dele que ia para uma fazenda, cozinhar para braçais. Segundo a Polícia, ele foi chamado por Arlindo Valério dos Santos, 18, o "Bimba", que havia sido contratado pelo dono da fazenda, para plantar melancias. "Bimba" também levou para ajudá-lo no plantio, sem o conhecimento do proprietário, o adolescente A.P, 16, o "Peninha", e Adão Rodrigues de Souza, 18. "Testemunhas nos contaram que eles se desentenderam perto de um córrego, porque Samuel, na verdade, não sabia cozinhar", conta o chefe da Divisão de Homicídios da Delegacia de Rondonópolis, Jesus Ribeiro da Silva.

Informações anônimas chegaram à Polícia que começou a investigar o caso. O carro de Samuel, um Gol, foi encontrado ontem à noite. Seguindo pistas, a Polícia chegou ao corpo, já em estado de decomposição. Já estão presos Bimba e Peninha.

Há 2 meses, Samuel havia sido vítima do golpe Boa Noite Cinderela e esfaqueado.