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Juiz fará 165 perguntas a Arcanjo
Parlamentares que integram a CPMI do Banestado acompanham hoje o depoimento de João Arcanjo Ribeiro à Justiça do Uruguai e acreditam que o homem apontado como o chefe do crime organizado em Mato Grosso "abrirá o jogo" sobre suas operações financeiras e os bens que administrava no exterior.
O depoimento está marcado para começar às 9h na capital Montevidéu e será conduzido pelo juiz Rolando Volmero, da Primeira Instância Penal do 10º Turno. Nas audiências anteriores, Arcanjo manteve-se em completo silêncio.
O relator da CPMI, deputado José Mentor (PT/SP), as senadoras Serys Marli (PT/MT) e Ideli Salvatti (PT/SC) e o deputado Eduardo Valverde (PT/RO), estão em Montevidéu desde ontem à noite e participam da audiência. O juiz uruguaio terá em mãos 165 perguntas elaboradas pelos parlamentares. (confira algumas indagações em quadro abaixo).
"Confio que Arcanjo irá responder a maioria das perguntas, até porque esta será a última chance de ele esclarecer essas acusações, pois o processo de sua extradição está no fim", observa a senadora Serys, que quer saber se o dinheiro remetido pelo "Comendador" a outros países teve origem ilegal em Mato Grosso. Caso isso seja comprovado, a senadora pretende requisitar a devolução do dinheiro às instituições estaduais supostamente lesadas.
Na lista de questões, os parlamentares pedem explicações sobre os empréstimos feitos às empresas Elma Energia e Amper, pela off shore Aveyron, cujo proprietário seria Arcanjo. Os membros da CPMI querem saber ainda os detalhes dos empréstimos concedidos à Assembléia Legislativa e mais informações sobre a compra de outra off shore, a Gamza, que seria controlada anteriormente pelo ex-secretário de Segurança Pública do Estado, Hilário Mozer.
Há ainda perguntas sobre os bens que o ex-policial civil mantinha nos Estados Unidos. O hotel avaliado em US$ 50 milhões em Orlando e uma casa, na mesma cidade, que teria custado cerca de US$ 200 mil.
O depoimento de Arcanjo foi requisitado pela comissão, que investigou grandes remessas de dinheiro feitas por pessoas físicas e jurídicas brasileiras para instituições financeiras do exterior entre 1996 e 2002. Foram detalhadas as movimentações bancárias do "Comendador" e de vários empresários e políticos brasileiros, como o ex-governador paulista Paulo Maluf. A expectativa é de que a audiência seja encerrada no final da tarde de hoje.
A reportagem fez várias ligações para o telefone celular do advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, mas o aparelho manteve-se desligado por todo o dia. E no escritório onde ele trabalha, a secretário informou que ele estava fora.
José Mentor quer que a CPMI conclua os trabalhos até o dia 27 deste mês. Ainda há dúvidas se o depoimento de Arcanjo será incluído do relatório final da comissão, uma vez que o presidente, Antero Paes de Barros (PSDB/MT), deu por encerrados os trabalhos em dezembro de 2004. Mentor não concordou com a decisão e afirma que há ainda 51 propostas de alteração do relatório.
O depoimento está marcado para começar às 9h na capital Montevidéu e será conduzido pelo juiz Rolando Volmero, da Primeira Instância Penal do 10º Turno. Nas audiências anteriores, Arcanjo manteve-se em completo silêncio.
O relator da CPMI, deputado José Mentor (PT/SP), as senadoras Serys Marli (PT/MT) e Ideli Salvatti (PT/SC) e o deputado Eduardo Valverde (PT/RO), estão em Montevidéu desde ontem à noite e participam da audiência. O juiz uruguaio terá em mãos 165 perguntas elaboradas pelos parlamentares. (confira algumas indagações em quadro abaixo).
"Confio que Arcanjo irá responder a maioria das perguntas, até porque esta será a última chance de ele esclarecer essas acusações, pois o processo de sua extradição está no fim", observa a senadora Serys, que quer saber se o dinheiro remetido pelo "Comendador" a outros países teve origem ilegal em Mato Grosso. Caso isso seja comprovado, a senadora pretende requisitar a devolução do dinheiro às instituições estaduais supostamente lesadas.
Na lista de questões, os parlamentares pedem explicações sobre os empréstimos feitos às empresas Elma Energia e Amper, pela off shore Aveyron, cujo proprietário seria Arcanjo. Os membros da CPMI querem saber ainda os detalhes dos empréstimos concedidos à Assembléia Legislativa e mais informações sobre a compra de outra off shore, a Gamza, que seria controlada anteriormente pelo ex-secretário de Segurança Pública do Estado, Hilário Mozer.
Há ainda perguntas sobre os bens que o ex-policial civil mantinha nos Estados Unidos. O hotel avaliado em US$ 50 milhões em Orlando e uma casa, na mesma cidade, que teria custado cerca de US$ 200 mil.
O depoimento de Arcanjo foi requisitado pela comissão, que investigou grandes remessas de dinheiro feitas por pessoas físicas e jurídicas brasileiras para instituições financeiras do exterior entre 1996 e 2002. Foram detalhadas as movimentações bancárias do "Comendador" e de vários empresários e políticos brasileiros, como o ex-governador paulista Paulo Maluf. A expectativa é de que a audiência seja encerrada no final da tarde de hoje.
A reportagem fez várias ligações para o telefone celular do advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, mas o aparelho manteve-se desligado por todo o dia. E no escritório onde ele trabalha, a secretário informou que ele estava fora.
José Mentor quer que a CPMI conclua os trabalhos até o dia 27 deste mês. Ainda há dúvidas se o depoimento de Arcanjo será incluído do relatório final da comissão, uma vez que o presidente, Antero Paes de Barros (PSDB/MT), deu por encerrados os trabalhos em dezembro de 2004. Mentor não concordou com a decisão e afirma que há ainda 51 propostas de alteração do relatório.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/359849/visualizar/
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