Multidão culpa a Síria pela morte de líder libanês

Beirute - Uma turba enfurecida atacou trabalhadores sírios no sul do Líbano, culpando o governo em Damasco pelo assassinato do ex-premier Rafik Hariri. O Ministério do Interior do Líbano sugeriu que o ataque a Hariri pode ter sido executado por um terrorista suicida.

A Síria nega envolvimento na morte de Hariri, que trouxe à tona o temor de que o Líbano retorne à instabilidade e violência dos tempos da guerra civil, nos anos 70 e 80. Antes de ser morto, Hariri havia passado para a oposição ao governo libanês, apoiado pela Síria.

O porta-voz da chancelaria francesa, Herve Ladsous, disse que o Conselho de Segurança da ONU trabalha numa declaração exigindo que as autoridades libanesas levem à Justiça os culpados pela morte. Embora as suspeitas principais recaiam sobre o governo da Síria ou seus apoiadores dentro do Líbano, outras hipóteses não foram descartadas. O atentado foi reivindicado por um grupo islâmico.

O ministro libanês Suleiman Franjieh inferiu, com base na cratera deixada na rua por onde passava a escolta de Hariri, que o ataque deve ter sido executado por um suicida num carro-bomba.