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Tecnologia
Terça - 15 de Fevereiro de 2005 às 22:37

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O celular e a Internet rápida continuarão a impulsionar a indústria brasileira de telecomunicações em 2004. O ritmo não será o mesmo de 2004, quando o faturamento cresceu 51%, para R$ 13,2 bilhões, mas a estimativa é chegar aos R$ 16,6 bilhões ao final de 2005.

"O crescimento será baseado em banda larga, infra-estrutura móvel e aparelhos celulares", avaliou o diretor de telecomunicações da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Paulo Castelo Branco. Se no ano passado o celular foi o principal responsável pelo bom desempenho, em 2005 a pauta da indústria contará também com uma retomada da telefonia fixa.

"Haverá dois fatores para crescimento da telefonia fixa em 2005: a banda larga e a renovação de contratos de concessão. Exigências de detalhamento de contas e de portabilidade numérica, por exemplo, vão levar a reformulação das redes", comentou o executivo.

Além disso, parte dos equipamentos necessários para expandir as redes fixas e atender às metas de universalização do final do ano está sendo contratada agora, informou Castelo Branco. A banda larga, uma das estrelas do setor, deve alcançar 3,5 milhões de usuários ao final de 2005, expansão de 84% sobre a base de 1,9 milhão do ano passado. Essa projeção de Castelo Branco tem o aval do consultor de informática Rui Campos.

"Com certeza 2005 fecha com mais que 3 milhões. Como é provável que sofra aceleração por causa da economia, está mais para 3,5 milhões mesmo", disse à Reuters. Na mesma rota de crescimento vai a base de microcomputadores instalados no país, embora num passo mais vagaroso. Se a projeção para o fim de 2004 se confirmar, de 26 milhões de unidades, automaticamente vai se chegar a 30 milhões neste ano, segundo Campos.

Esse número não contempla o projeto do governo do PC Conectado, que deve jogar mais um milhão de microcomputadores vendido com financiamento facilitado no mercado. Outros fatores que influenciam a velocidade de expansão desse mercado são o preço e tecnologias inovadoras.

Celulares em ritmo menor

Para a indústria, o celular ainda não cai para o segundo plano. Embora a previsão seja de crescimento do mercado doméstico um pouco menor este ano, após a expansão de 41,5% de 2004, as exportações de aparelhos terão uma retomada.



Castelo Branco evitou fazer projeção de quantos celulares serão produzidos este ano. Em 2004, foram 40 milhões de aparelhos, segundo dados preliminares, sendo 25% para exportação. Em 2003, haviam sido produzidos 28 milhões, sendo metade para o exterior. As redes celulares ainda continuarão a se expandir e, com isso, os equipamentos de infra-estrutura devem ter crescimento de 20% este ano, frente a expansão de 40% em 2004.

A reviravolta no mercado brasileiro de telecomunicações, que levou os celulares a suplantarem os telefones fixos em 2004, deve resultar em número de dispositivos móveis de acesso à Internet maiores este ano do que os fixos ¿ 34 milhões versus 27 milhões, na estimativa de Campos.





Fonte: Reuters

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