Repórter News - reporternews.com.br
Fapemat adquire veículo para teste de biodiesel
Testar o desempenho de um veículo com a utilização de uma mistura de 20% de biodiesel no diesel comum é o objetivo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), que adquiriu um veículo para a realização dos testes do novo combustível fabricado em Mato Grosso.
O veículo – uma camionete Mitsubishi L 200 – foi adquirido com recursos do Programa de Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Probiomat), repassados pelo Governo Federal. De acordo com o coordenador geral de Convênios e Projetos Especiais da Fapemat, Alexandre Golemo, a própria fabricante Mitsubishi também colaborou, dando um desconto no preço do veículo, que trafega atualmente com diesel comum, mas nos próximos dias deverá receber a mistura com a qual rodará 100 mil quilômetros. “Durante esse período serão realizados os testes”, explica Golemo. Depois desse período – que deve se estender por mais de um ano -, o veículo utilizará uma adição de 2%, liberada para uso normal pelo Governo Federal no final do ano passado.
Alguns desses testes serão feitos com a colaboração da própria fabricante do veículo, que cederá seus técnicos para avaliar, por exemplo, o desempenho dos componentes do veículo com o uso do biodiesel, destacando itens como o nível de desgaste das peças. A análise do nível e do tipo de resíduo expelido pelo veículo – de elementos químicos como o enxofre, por exemplo – serão feitas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).
A UFMT, que possui laboratório de análises químicas, fará a análise dos componentes químicos do combustível, a fim de verificar se ele se encontra dentro das especificações estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Golemo esclarece que o biodiesel utilizado nos testes será de fabricação da empresa Ecológica Mato Grosso (Ecomat). “Esse combustível já foi aprovado pela ANP e é um dos melhores do Brasil”, informa ele.
BIODIESEL - Apontado com substituto do diesel comum, o biodiesel pode diminuir consideravelmente a emissão de poluentes. Sendo praticamente isento de enxofre, sua utilização diminuirá os efeitos da chuva ácida. Além disso, a utilização do biodiesel também criará novos postos de trabalho, em especial no campo. O Probiomat, elaborado pela Secitec, conseguiu, no ano passado, integrar o Estado à Rede Nacional de Biodiesel. O objetivo é a criação do Núcleo Tecnológico do Probiomat, uma rede de estudo, pesquisa e testagem do combustível no Estado. Com isso, espera-se, entre outras coisas, desenvolver soluções em uso de energia para comunidades remotas, em especial os assentamentos rurais.
PROBIOMAT - Criado em outubro de 2003, o Probiomat está em fase de discussão para a sua implantação. Golemo explica que atualmente estão sendo feitas visitas a municípios interessados em produzir o óleo para discutir sobre o plantio das oleaginosas e apresentar o Probiomat. “O tipo de planta será escolhido de acordo com as características de cada região, mas o girassol tem tido uma grande aceitação”, diz Golemo.
Ele explica que, nessa primeira fase – a do plantio – a Fapemat atua como articuladora entre as partes interessadas em investir. Uma das parcerias já fechadas se deu no assentamento Antônio Conselheiro (onde serão plantados seis hectares de girassol) - localizado entre os municípios de Tangará da Serra e Barra do Bugres: na reunião, definiu-se que a Ecomat irá fornecer sementes e adubo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) se responsabilizará pela mão-de-obra, a prefeitura de Tangará da Serra cederá o óleo diesel e fará a análise do solo e a Unemat e o IPA (Instituto de Pesquisa do Parecis) farão o acompanhamento e coleta de dados.
Golemo observa que uma parte das sementes recebidas será utilizada para a fabricação do biodiesel e outra será destinada a formação de um banco de sementes, que serão utilizadas no futuro.
FINANCIAMENTO - O Probiomat já tem garantidos R$ 400 mil, 90% vindos do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e 10% do Governo do Estado, via Fapemat. A verba ainda não foi totalmente liberada. As fontes de financiamento também são um dos principais pontos de discussão sobre a produção do biodiesel no Brasil. Isso porque o Governo Federal estabeleceu como fonte o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que conta com um recurso de R$ 7 bilhões. A alegação dos representantes da cadeia produtiva do biodiesel é de que os recursos do programa, cujo teto é de R$ 3 mil, além de já estarem sendo utilizados pelos agricultores, não seriam suficientes para o investimento na produção. “Deveria haver uma fonte de financiamento própria”, observa Golemo.
PERSPECTIVAS - Mato Grosso consome anualmente 1.711 bilhão de litros de diesel, divididos entre as empresas frotistas e o consumidor final, tendo se tornado o carro-chefe da arrecadação no Estado. “O objetivo da Secitec e da Fapemat é intermediar as conversações entre as entidades de pesquisa e os interessados em trabalhar com o biodiesel”, explica Golemo. Os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte já desenvolvem testagem.
O veículo – uma camionete Mitsubishi L 200 – foi adquirido com recursos do Programa de Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Probiomat), repassados pelo Governo Federal. De acordo com o coordenador geral de Convênios e Projetos Especiais da Fapemat, Alexandre Golemo, a própria fabricante Mitsubishi também colaborou, dando um desconto no preço do veículo, que trafega atualmente com diesel comum, mas nos próximos dias deverá receber a mistura com a qual rodará 100 mil quilômetros. “Durante esse período serão realizados os testes”, explica Golemo. Depois desse período – que deve se estender por mais de um ano -, o veículo utilizará uma adição de 2%, liberada para uso normal pelo Governo Federal no final do ano passado.
Alguns desses testes serão feitos com a colaboração da própria fabricante do veículo, que cederá seus técnicos para avaliar, por exemplo, o desempenho dos componentes do veículo com o uso do biodiesel, destacando itens como o nível de desgaste das peças. A análise do nível e do tipo de resíduo expelido pelo veículo – de elementos químicos como o enxofre, por exemplo – serão feitas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).
A UFMT, que possui laboratório de análises químicas, fará a análise dos componentes químicos do combustível, a fim de verificar se ele se encontra dentro das especificações estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Golemo esclarece que o biodiesel utilizado nos testes será de fabricação da empresa Ecológica Mato Grosso (Ecomat). “Esse combustível já foi aprovado pela ANP e é um dos melhores do Brasil”, informa ele.
BIODIESEL - Apontado com substituto do diesel comum, o biodiesel pode diminuir consideravelmente a emissão de poluentes. Sendo praticamente isento de enxofre, sua utilização diminuirá os efeitos da chuva ácida. Além disso, a utilização do biodiesel também criará novos postos de trabalho, em especial no campo. O Probiomat, elaborado pela Secitec, conseguiu, no ano passado, integrar o Estado à Rede Nacional de Biodiesel. O objetivo é a criação do Núcleo Tecnológico do Probiomat, uma rede de estudo, pesquisa e testagem do combustível no Estado. Com isso, espera-se, entre outras coisas, desenvolver soluções em uso de energia para comunidades remotas, em especial os assentamentos rurais.
PROBIOMAT - Criado em outubro de 2003, o Probiomat está em fase de discussão para a sua implantação. Golemo explica que atualmente estão sendo feitas visitas a municípios interessados em produzir o óleo para discutir sobre o plantio das oleaginosas e apresentar o Probiomat. “O tipo de planta será escolhido de acordo com as características de cada região, mas o girassol tem tido uma grande aceitação”, diz Golemo.
Ele explica que, nessa primeira fase – a do plantio – a Fapemat atua como articuladora entre as partes interessadas em investir. Uma das parcerias já fechadas se deu no assentamento Antônio Conselheiro (onde serão plantados seis hectares de girassol) - localizado entre os municípios de Tangará da Serra e Barra do Bugres: na reunião, definiu-se que a Ecomat irá fornecer sementes e adubo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) se responsabilizará pela mão-de-obra, a prefeitura de Tangará da Serra cederá o óleo diesel e fará a análise do solo e a Unemat e o IPA (Instituto de Pesquisa do Parecis) farão o acompanhamento e coleta de dados.
Golemo observa que uma parte das sementes recebidas será utilizada para a fabricação do biodiesel e outra será destinada a formação de um banco de sementes, que serão utilizadas no futuro.
FINANCIAMENTO - O Probiomat já tem garantidos R$ 400 mil, 90% vindos do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e 10% do Governo do Estado, via Fapemat. A verba ainda não foi totalmente liberada. As fontes de financiamento também são um dos principais pontos de discussão sobre a produção do biodiesel no Brasil. Isso porque o Governo Federal estabeleceu como fonte o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que conta com um recurso de R$ 7 bilhões. A alegação dos representantes da cadeia produtiva do biodiesel é de que os recursos do programa, cujo teto é de R$ 3 mil, além de já estarem sendo utilizados pelos agricultores, não seriam suficientes para o investimento na produção. “Deveria haver uma fonte de financiamento própria”, observa Golemo.
PERSPECTIVAS - Mato Grosso consome anualmente 1.711 bilhão de litros de diesel, divididos entre as empresas frotistas e o consumidor final, tendo se tornado o carro-chefe da arrecadação no Estado. “O objetivo da Secitec e da Fapemat é intermediar as conversações entre as entidades de pesquisa e os interessados em trabalhar com o biodiesel”, explica Golemo. Os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte já desenvolvem testagem.
Fonte:
Da Assessoria
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/359900/visualizar/
Comentários