A Polícia Civil investiga a fuga de um suspeito que estava internado no Pronto-Socorro de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito teria cometido um roubo na última quinta-feira (8), no bairro Nova Era e acabou sendo atingido por um tiro ao resistir à prisão. Ferido, ele foi encaminhado para a unidade hospitalar no mesmo dia do crime.
A Polícia Militar informou ao G1 que o rapaz detido foi resgatado por uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Pronto-Socorro de Várzea Grande. Conforme informações da assessoria da prefeitura, o suspeito chegou à unidade de saúde por volta das 11h30 da última segunda-feira com um ferimento nas mãos provocado pelo tiro. Ele ficou algemado na cama e não chegou a passar por cirurgia, informou a assessoria.
Porém, nesta última segunda-feira (12), de acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Várzea Grande, o suspeito fugiu do local após receber ajuda de um casal que, segundo a unidade hospitalar, teria rompido com uma barra de ferro as algemas que prendiam o suspeito em uma cama. Os três saíram do local tranquilamente porque, na ocasião, não havia nenhum policial fazendo a guarda ao suspeito na unidade.
Ao G1, a PM relatou que registrou um boletim de ocorrência após efetuar a prisão do rapaz na Central de Flagrantes da cidade. Para a PM, o suspeito contou ainda que residia em Diamantino, a 209 quilômetros de Cuiabá, e que também teria praticado um homicídio na cidade.
A Polícia Civil informou que o procedimento padrão de acompanhamento de suspeitos internados em unidade de saúde não foi cumprido da forma devida. Por conta do fato, o diretor metropolitano da instituição, Luciano Inácio da Silva solicitou a abertura de um procedimento administrativo para apurar possíveis irregularidades no procedimento.
O delegado Fábio Silveira, de Várzea Grande, será o responsável por apurar como a fuga teria ocorrido. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais de Mato Grosso, João Batista Pereira de Souza, a responsabilidade de fazer a guarda só é dos agentes quando o sistema prisional é comunicado. Sem o informe ao sistema, o serviço, segundo ele, é da Polícia Civil.
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