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Ex-líder guerrilheiro preside Câmara de Representantes do Uruguai
O ex-líder dos Tupamaros José Mujica assume nesta terça-feira a presidência da Câmara de Representantes do Uruguai, afirmando que rejeita a via armada como método de luta política.
"Não acho que a via armada dê nenhuma resposta no mundo de hoje", afirmou, em entrevista à EFE, horas antes de assumir o cargo de presidente da Assembléia Geral.
O órgão reúne as duas câmaras legislativas do país, no qual a esquerda da Frente Amplio-Encuentro Progresista (que conta com a maioria absoluta em ambas as câmaras) se tornará a primeira força política nos últimos 40 anos a não precisar de apoio de outras formações para governar.
Ex-líder da guerrilha dos Tupamaros, Mujica combateu durante mais de cinco anos até ser preso e passar na cadeia os 12 anos da ditadura que governou o país, de 1973 a 1985.
Com 70 anos, reeleito senador e vítima de uma doença que provoca insuficiência renal e o manteve hospitalizado durante todo o mês de janeiro, Mujica faz um balanço de sua trajetória e assume alguns erros, embora afirme ter sido coerente.
"Armas, política e poder são quimeras que sempre se enredaram, infelizmente", disse.
"Eu não defendo a guerra como filosofia, mas naquele momento pensei que valia a pena", acrescentou.
Hoje, Mujica será o encarregado de tomar o juramento de muitos dos senadores que durante anos o acusaram de ser um dos responsáveis pela chegada da ditadura, por ter criado e lutado com a guerrilha dos Tupamaros.
"Nós nos demos conta de que este país se dirigia para uma ditadura, talvez nos antecipamos, mas com ou sem a nossa existência teria havido ditadura", afirmou.
A coalizão de esquerda Frente Amplio-Encuentro Progresista ganhou as eleições de 31 de outubro com 51% dos votos, um fato histórico. No próximo dia primeiro de março, Tabaré Vázquez se transformará no presidente de esquerda do Uruguai.
Mujica é consciente de que a chegada ao governo da esquerda é uma mudança histórica, mas a vê como uma evolução lógica da sociedade.
"O mundo mudou, nós também mudamos, antes éramos jovens que tunham uma visão muito fácil de como se mudam as coisas, pensávamos que mudando as relações de produção se mudaria tudo", afirmou.
Mujica só ficará no cargo até 1º de março, quando se tornará Ministro de Agricultura e Pesca, o setor mais importante da economia uruguaia.
Ficará à frente da pasta durante um ano, depois avaliará seu futuro, mas já está convencido de que "a lua-de-mel acabará" e que, tanto ele como o governo, desiludirão muitos por causa das grandes expectativas criadas.
"Não acho que a via armada dê nenhuma resposta no mundo de hoje", afirmou, em entrevista à EFE, horas antes de assumir o cargo de presidente da Assembléia Geral.
O órgão reúne as duas câmaras legislativas do país, no qual a esquerda da Frente Amplio-Encuentro Progresista (que conta com a maioria absoluta em ambas as câmaras) se tornará a primeira força política nos últimos 40 anos a não precisar de apoio de outras formações para governar.
Ex-líder da guerrilha dos Tupamaros, Mujica combateu durante mais de cinco anos até ser preso e passar na cadeia os 12 anos da ditadura que governou o país, de 1973 a 1985.
Com 70 anos, reeleito senador e vítima de uma doença que provoca insuficiência renal e o manteve hospitalizado durante todo o mês de janeiro, Mujica faz um balanço de sua trajetória e assume alguns erros, embora afirme ter sido coerente.
"Armas, política e poder são quimeras que sempre se enredaram, infelizmente", disse.
"Eu não defendo a guerra como filosofia, mas naquele momento pensei que valia a pena", acrescentou.
Hoje, Mujica será o encarregado de tomar o juramento de muitos dos senadores que durante anos o acusaram de ser um dos responsáveis pela chegada da ditadura, por ter criado e lutado com a guerrilha dos Tupamaros.
"Nós nos demos conta de que este país se dirigia para uma ditadura, talvez nos antecipamos, mas com ou sem a nossa existência teria havido ditadura", afirmou.
A coalizão de esquerda Frente Amplio-Encuentro Progresista ganhou as eleições de 31 de outubro com 51% dos votos, um fato histórico. No próximo dia primeiro de março, Tabaré Vázquez se transformará no presidente de esquerda do Uruguai.
Mujica é consciente de que a chegada ao governo da esquerda é uma mudança histórica, mas a vê como uma evolução lógica da sociedade.
"O mundo mudou, nós também mudamos, antes éramos jovens que tunham uma visão muito fácil de como se mudam as coisas, pensávamos que mudando as relações de produção se mudaria tudo", afirmou.
Mujica só ficará no cargo até 1º de março, quando se tornará Ministro de Agricultura e Pesca, o setor mais importante da economia uruguaia.
Ficará à frente da pasta durante um ano, depois avaliará seu futuro, mas já está convencido de que "a lua-de-mel acabará" e que, tanto ele como o governo, desiludirão muitos por causa das grandes expectativas criadas.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/359953/visualizar/
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