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Economia
Terça - 15 de Fevereiro de 2005 às 17:50
Por: Célia Froufe e Francisco Carlo

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São Paulo - O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu 147,3 pontos em fevereiro, segundo divulgou hoje a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) de São Paulo, responsável pelo cálculo do indicador em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Houve um aumento de 1,1% na confiança este mês na comparação com janeiro ou uma elevação de 1,65 ponto porcentual. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o ICC subiu 20,6 ponto porcentual. Na ocasião, o índice estava em 126,68%.

Esta é a maior taxa apurada pela Fecomercio desde 1994, quando a instituição começou a realizar o levantamento. A assessoria de imprensa da Fecomercio minimizou, no entanto, a importância deste recorde, lembrando que desde então a série vem passando por aperfeiçoamentos metodológicos.

Além disso, o resultado acompanha a tendência de elevação verificada desde julho do ano passado, quebrada apenas em dezembro, quando o índice apresentou queda de 3,1%. Em janeiro, houve alta de 3,3%, chegando aos 145,7 pontos, numa escala de 0 a 200, que indica pessimismo abaixo de 100 e otimismo acima desse patamar.

Influência dos juros

Ainda que tenha ocorrido uma melhora dos índices de confiança do consumidor, a assessoria econômica da instituição teme que o aumento da Selic, a taxa básica de juros da economia, afete o resultado dos próximos indicadores.Os diretores do Banco Central se reúnem hoje e amanhã para definir o próximo patamar da taxa.

A instituição também ressaltou que se a recuperação do desemprego e da renda seguir tímida poderá haver uma reversão nos resultados positivos do índice. "O ICC mais positivo de fevereiro é atribuído à perspectiva de continuidade da melhoria dos indicadores econômicos", destacaram.

Segundo os economistas da Fecomercio, as sucessivas altas da Selic já contribuem para uma maior cautela da população, fazendo com que o consumidor, principalmente o de baixa renda, fique mais temeroso em adquirir bens duráveis no curto prazo e elevar ainda mais o seu grau de endividamento.

Cálculo do Índice

O Índice de Confiança é apurado mensalmente na região metropolitana de São Paulo e a parceira com a FGV começou em 2005. O indicador mede o otimismo dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação do país no médio prazo. O índice de intenções atuais considera o período de 30 dias e tem peso de 40% no cálculo do ICC, ante 60% de contribuição vinda do índice de intenções futuras, que avalia o período de 12 meses. A margem de erro é de 3%.





Fonte: Agência Estado

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