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Polícia Brasil
Terça - 15 de Fevereiro de 2005 às 14:32
Por: (Francis Amorim

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Os presos da Cadeia Pública de Barra do Garças (520 Km de Cuiabá, na região Leste do Estado), se rebelaram no início da noite de segunda-feira (14), fazendo um agente prisional refém, ferindo um colega de cela e destruindo parte das instalações do local. A rebelião só foi controlada cerca de sete horas depois com a intervenção de um delegado da Polícia Federal (PF) e um juiz criminal, que negociaram com os detentos.

A rebelião começou no final da tarde na cela dois e acabou se espalhando em quase toda a Cadeia Pública, com presos encapuzados destruindo celas, formando barricadas com freezer, ateando fogo em colchões e utensílios domésticos no corredor de acesso as celas. O agente prisional Josafá Barbosa Silveira, foi feito refém e mantido sob a mira de armas artesanais durante a maior parte do motim. Toda a área da cadeia foi cercada por policiais militares, civis, federais e rodoviários federais.

Durante a rebelião, os presos apresentaram uma lista de reivindicação e exigiam o cumprimento para por fim a revolta. Eles exigiam a demissão do diretor da cadeia, Luiz Camargo de Brum, melhor qualidade da alimentação, duas visitas semanais, aumento do banho de sol e revisão dos processos penais. As negociações duraram sete horas e meia com a liberação do refém e dois presidiários, José Bernardes da Silva, ferido pelos colegas e Wilmar Silva Pereira, vítima de insuficiência respiratória.

O juiz da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais, Octávio Vinicius Assi Peixoto e o delegado da Polícia Federal, Jorgeval Silva Costa, participaram das negociações e conseguiram, já na madrugada de ontem, colocar fim a rebelião. "Solicitamos a presença de um delegado da PF pelo fato de não ter contato direto com os presos e por isso, poderia facilitar as coisas. Felizmente, conseguimos dialogar e chegar ao acordo", disse o juiz, que irá avaliar as reivindicações dos detentos.

Esta a segunda rebelião de grandes proporções na Cadeia Pública de Barra do Garças. A primeira aconteceu em 2003, quando os presos destruíram celas, feriram colegas e ameaçaram destruir todas as instalações. O motim de ontem, porém, foi o mais longo já registrado.





Fonte: Sucursal-Barra do Garças

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