Produtores mato-grossenses não devem investir em compra de máquinas

Os últimos 15 anos foram de crescimento para o agronegócio em Mato Grosso. Na safra 2004/2005 a área plantada foi de 222,46% e a produção foi de 320,87%. Em 1991/1992 eram 2370 hectares plantados o equivalente à 5,3 toneladas de grãos, hoje são 7641 hectares e 22,42 toneladas de grãos, a produtividade passou de 2,2 mil para 3 mil quilos.

“Infelizmente, esse crescimento serve só para o quadro Estadual em Sinop e região a situação é bastante crítica. Não tenho números exatos, mas sei que apesar da área plantada ter sido grande, a produtividade caiu muito”, disse, ao só Notícias-Agronotícias, o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Sergio Rossani.

Segundo ele, a maior dificuldade que os produtores estão enfrentando é o ataque da ferrugem asiática às plantações e a crise financeira pela qual o setor esta passando. “No ano passado, investimos muito, compramos insumos e sementes pelo preço do dólar que estava US$ 3,2, mas agora temos que vender a produção por US$ 2,70, que por sua vez, esta muito pequena, estamos perdendo muito por causa da ferrugem, resumindo, a despesa está em cerca de R$ 1,5 mil e o lucro só de R$ 800 por hectare”, salientou.

Em 2004, os produtores de Mato Grosso compraram 4030 colheitadeiras, 9300 tratores, 3850 caminhões, 3100 plantadeiras grandes, 310 milhões de litros de óleo diesel e 1,5 milhões de toneladas de milho e fertilizantes foram consumidos, investiu-se no total R$ 7 bilhões no setor agropecuário.

“Como nossos investimentos foram muito grande e a arrecadação de apenas R$ 30 milhões, em 2005 fizemos um pacto de não adquirir nenhum maquinário, além de economia esperamos uma baixa considerável nos preços desses maquinários, é um abuso dos fabricantes o que estão cobrando”, finalizou Antonio Rossani