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Terça - 15 de Fevereiro de 2005 às 07:54
Por: Fabiana Batista

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Seis trechos de estradas em Mato Grosso foram interditados durante toda a manhã e tarde de ontem pelo movimento de luta pela reforma agrária. No trecho da BR-364, na altura da Serra de São Vicente, o congestionamento de veículos chegou a 30 quilômetros. Na mesma rodovia, mas na altura da fazenda São João (ex-propriedade de João Arcanjo Ribeiro), a fila de carros atingiu 10 quilômetros da cada lado da pista. Os outros quatro pontos foram em Nova Lacerda, Alto Araguaia, Ribeirão Cascalheira e Carlinda.

Apesar de as rodovias ficarem fechadas por uma média de 6 horas, o movimento foi pacífico e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não registrou nenhuma ocorrência violenta, segundo um agente que estava em um dos trechos interditados. Foi o primeiro movimento de acampados, assentados e trabalhadores rurais de 2005 e reuniu em Mato Grosso 10 mil pessoas nos seis trechos, segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri), Edivaldo José da Silva. Eles fecharam a rodovia com troncos de árvore e queimaram pneus para chamar atenção. Com faixas, bandeiras e pedaços de pau nas mãos, os manifestantes gritavam em protesto à morosidade da concretização da reforma agrária.

Além da Fetagri, também participaram o Movimento dos Assentados e Acampados (MTA).

Em todo país, a manifestação foi batizada de Semana Nacional de Luta pela Reforma Agrária. No Estado, o movimento se chama "Grito de Alerta".

Os cerca de 250 manifestantes que ocuparam a rodovia 364 na altura da fazenda São João seguiriam depois para a avenida do CPA onde fariam uma carreata até chegarem na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Eles representam 14 municípios e, em sintonia com o movimento nacional, protestam contra divergências entre as informações divulgadas pelo Incra sobre o número de assentados e a concretização das mesmas estatísticas.





Fonte: A Gazeta

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