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Camelôs recebem notificação mas continuam no Centro
Camelôs da região central de Cuiabá foram notificados na sexta-feira (5) por fiscais da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades) para retirar as mercadorias das ruas em 24 horas. No entanto, durante o fim de semana os ambulantes trabalharam normalmente.
Segundo os próprios ambulantes, nem todos eles teriam sido notificados pelos fiscais. Conforme relatou Antônio de Souza, de 36 anos, ele trabalha há um ano e oito meses na praça Ipiranga e, continuará fazendo o que sempre fez, até que um novo local seja organizado para os ambulantes trabalharem.
O ambulante Carlos Gustavo Denites, de 44 anos, disse que sobrevive desse trabalho há 13 anos e sempre ficou na Ipiranga. Disse que assim como muitos outros camelôs, também foi notificado pelos fiscais da Smades, mas acredita que só vão deixar o Centro da cidade quando a prefeitura conseguir um bom local para os trabalhadores, na própria região central.
Ao menos 350 ambulantes, segundo o vendedor José Antônio da Luz, de 36 anos, trabalham pelas ruas de Cuiabá, vendendo os mais variados produtos. A maior concentração das bancas é na rua 13 de Junho e imediações da Praça Ipiranga.
No período de campanha eleitoral, grande parte dos camelôs acreditava que pelo menos nessa época, ninguém iria tirá-los das ruas, porque segundo eles, os políticos precisavam de votos. Agora que passou o “período eleitoreiro”, segundo Marta Aparecida Rodrigues, de 28 anos, ela teme o recomeço das fiscalizações e, principalmente, perder as mercadorias que disse comprar com muitas dificuldades.
A briga entre camelôs e prefeitura é antiga. Tanto, que já chegou até na Justiça, devido às penas alternativas que os fiscais vêm pagando, em decorrência das últimas fiscalizações, onde foram denunciados pelos ambulantes na Delegacia Metropolitana por suposto abuso de poder. Há vários meses não aconteciam mais fiscalizações sobre os ambulantes.
A pena imposta aos fiscais, por intermédio do Juizado Especial Criminal, conforme relatou o delegado Antônio Carlos Garcia, no dia oito do mês passado, não seria fator inibidor para a fiscalização.
A reportagem tentou contato com o secretário da Smades, José Roberto Stopa, por várias vezes, mas não conseguiu. Conforme relatou um funcionário da Secretaria, ele estaria em reunião com o secretário de Finanças Vivaldo Lopes.
No momento da reportagem, de forma agressiva, uma vendedora ambulante abordou a equipe e disse para que o jornal tentasse resolver os problemas deles, pois ninguém entendia o lado dos trabalhadores, que segundo ela, só sabem criticar.
A preocupação maior tanto dos ambulantes, quanto dos comerciantes, é a aproximação do Natal, pois é a melhor época de vendas para o comércio, de acordo com a comerciante Maria Conceição Tenório. “É sempre uma disputa desleal porque eles não pagam impostos, enquanto que nós temos que pagar e ainda concorrer com os preços deles”, lamentou.
Segundo os próprios ambulantes, nem todos eles teriam sido notificados pelos fiscais. Conforme relatou Antônio de Souza, de 36 anos, ele trabalha há um ano e oito meses na praça Ipiranga e, continuará fazendo o que sempre fez, até que um novo local seja organizado para os ambulantes trabalharem.
O ambulante Carlos Gustavo Denites, de 44 anos, disse que sobrevive desse trabalho há 13 anos e sempre ficou na Ipiranga. Disse que assim como muitos outros camelôs, também foi notificado pelos fiscais da Smades, mas acredita que só vão deixar o Centro da cidade quando a prefeitura conseguir um bom local para os trabalhadores, na própria região central.
Ao menos 350 ambulantes, segundo o vendedor José Antônio da Luz, de 36 anos, trabalham pelas ruas de Cuiabá, vendendo os mais variados produtos. A maior concentração das bancas é na rua 13 de Junho e imediações da Praça Ipiranga.
No período de campanha eleitoral, grande parte dos camelôs acreditava que pelo menos nessa época, ninguém iria tirá-los das ruas, porque segundo eles, os políticos precisavam de votos. Agora que passou o “período eleitoreiro”, segundo Marta Aparecida Rodrigues, de 28 anos, ela teme o recomeço das fiscalizações e, principalmente, perder as mercadorias que disse comprar com muitas dificuldades.
A briga entre camelôs e prefeitura é antiga. Tanto, que já chegou até na Justiça, devido às penas alternativas que os fiscais vêm pagando, em decorrência das últimas fiscalizações, onde foram denunciados pelos ambulantes na Delegacia Metropolitana por suposto abuso de poder. Há vários meses não aconteciam mais fiscalizações sobre os ambulantes.
A pena imposta aos fiscais, por intermédio do Juizado Especial Criminal, conforme relatou o delegado Antônio Carlos Garcia, no dia oito do mês passado, não seria fator inibidor para a fiscalização.
A reportagem tentou contato com o secretário da Smades, José Roberto Stopa, por várias vezes, mas não conseguiu. Conforme relatou um funcionário da Secretaria, ele estaria em reunião com o secretário de Finanças Vivaldo Lopes.
No momento da reportagem, de forma agressiva, uma vendedora ambulante abordou a equipe e disse para que o jornal tentasse resolver os problemas deles, pois ninguém entendia o lado dos trabalhadores, que segundo ela, só sabem criticar.
A preocupação maior tanto dos ambulantes, quanto dos comerciantes, é a aproximação do Natal, pois é a melhor época de vendas para o comércio, de acordo com a comerciante Maria Conceição Tenório. “É sempre uma disputa desleal porque eles não pagam impostos, enquanto que nós temos que pagar e ainda concorrer com os preços deles”, lamentou.
Fonte:
Folha do Estado
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