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Tecnologia
Terça - 15 de Fevereiro de 2005 às 06:46

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A Intel tentará reanimar o mercado de computadores pessoais ainda em 2005 com uma nova tecnologia que converterá as máquinas domésticas em centrais de entretenimento. Um pacote de chips e software transformará o computador pessoal em um aparelho multimídia para todas as finalidades, permitindo que funcione como aparelho de som e DVD, gravador digital de vídeo, console de videogame e para as funções tradicionais como processamento de dados e acesso à Internet.

Os consumidores, porém, podem não se apressar em trocar seus atuais computadores de mesa - simples, baratos e genéricos - por aparelhos mais sofisticados. "É um mercado em ascensão, mas ainda não está no ponto", diz Jack Trout, consultor de marcas que trabalhou para a Intel e IBM . "Alguém está mesmo seguro de que as pessoas desejem realizar tarefas múltiplas em um computador pessoal?"

A nova marca será apenas o começo, já que a Intel pretende correr atrás do mercado de bens eletrônicos de consumo para entretenimento e mídia, de movimento avaliado em US$ 200 bilhões anuais. A Intel recentemente formou uma unidade para casas digitais, com o objetivo de desenvolver chips para produtos eletrônicos domésticos interconectados, e lançou, com a Microsoft, uma campanha intitulada "Digital Joy", para demonstrar novos aparelhos de entretenimento baseados no PC em shopping centers dos Estados Unidos.

A fabricante de chips também contratou Eric Kim, executivo da sul-coreana Samsung Electronics, como diretor de marketing, e dispensou a Euro RSCG, sua agência de publicidade há longos anos. Agências dos três principais grupos publicitários mundiais - Omnicom, WPP e Interpublic - estão disputando a conta da Intel, estimada em US$ 300 milhões, e fontes familiarizadas com o processo dizem que a Intel solicitou idéias para promover a casa digital.

Em oposição à Intel, estão fabricantes tradicionais de produtos eletrônicos como a Sony, cujo novo PlayStation 3 é tido como um produto com funções muito mais amplas que videogames, capaz de cuidar de muitas das tarefas que a Intel quer introduzir no PC.

Um diretor de marketing da Intel, Jeff Tripaldi, afirmou recentemente que a companhia vai modelar a nova marca baseando-se no Centrino, sua família de chips para computadores portáteis. Em um reconhecimento do sucesso do Centrino, funcionários da Intel chamaram temporariamente a nova marca de "Desktrino".

O "Desktrino" deve provavelmente incluir um processador de núcleo duplo e capacidades de rede sem fio, recursos que a Intel tentou lançar no ano passado. Analistas afirmam que a Intel enfrenta desafios maiores com o "Desktrino" do que com o Centrino, que atendeu a problemas de superaquecimento e curta duração de bateria de notebooks, além das funções de rede sem fio.

"Não é uma estratégia com garantia de sucesso", disse Richard Doherty, analista da empresa de consultoria Envisioneering Group. "Em um desktop, o que eu vou ter de diferente? Por acaso o novo produto vai esquentar menos o escritório e ocupar menos espaço na minha mesa?"




Fonte: Terra

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