Câmara define novas regras para eleição da presidência

Brasília - A disputa acirrada para a presidência da Câmara levou a Casa a adotar uma nova regra para a votação de hoje à tarde. O presidente da Câmara, João Paulo Cunha, fará a chamada nominal para que os deputados peguem o envelope e se dirijam até a cabine para a votação. Anteriormente, os deputados se dirigiam às cabines, sem a necessidade da chamada.

A nova regra pretende evitar o voto direcionado pelos líderes partidários. Uma preocupação levantada pelo movimento Câmara Forte, que apóia o candidato Virgílio Guimarães (PT-MG). Eles temiam que pela regra anterior, os líderes pudessem controlar o voto dos deputados.

Uma outra medida adotada é que o envelope onde o deputado colocará a cédula será rubricado para impedir o que acontecia nas eleições anteriores, quando candidatos e líderes distribuíam o envelope já com a cédula dentro, com o nome do candidato escolhido.

As alterações foram definidas em reunião do presidente da Câmara, João Paulo Cunha, com os cinco candidatos à sua sucessão. O candidato dissidente do PT, deputado Virgílio Guimarães, saiu satisfeito do encontro porque, segundo ele, será uma eleição com lisura.

O deputado Jovair Arantes (PTB-GO) um dos articuladores da candidatura de Virgílio, disse que com essas regras, não haverá tumulto na votação e seu candidato chegará ao segundo turno. Também na reunião foi definida por sorteio a ordem em que os candidatos farão seus discursos.

A ordem é a seguinte: Virgílio Guimarães em primeiro, Severino Cavalcanti (PP-PE), em segundo, Jair Bolsonaro (PFL-RJ), em terceiro, José Carlos Aleluia (PFL-BA)em quarto e por último o candidato oficial do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh.