Pela primeira vez Cepromat tem saldo positivo

Pela primeira vez, desde a sua fundação em 1976, o Centro de Processamento de Dados do Governo do Estado (Cepromat), conseguiu equilibrar suas finanças. Com R$ 721 mil em caixa, o órgão quitou dívidas que somavam R$ 3 milhões e vinham sendo proteladas há anos.

O presidente Adriano Niehues, atribui o equilíbrio ao modelo de gestão adotado e a conscientização dos funcionários que, segundo ele, entenderam a necessidade de mudança. “Hoje o Cepromat é administrado como uma empresa privada e isso implica conhecimento técnico-administrativo”, afirmou.

Um dos fatores que contribuíram para a organização das finanças foi a quitação das dívidas dos órgãos estaduais com o Cepromat. O órgão recebeu R$ 6,5 milhões atrasados, relativos a serviços prestados dede 1999. Assim, foi possível investir R$ 5 milhões em novos equipamentos, como o mainframe Z-8900 da IBM, que hoje atende o sistema de Recursos humanos do Governo e o Detran.

Todas as dívidas trabalhistas, algumas de até dez anos, foram pagas em 2004 em forma de sentenças judiciais e depósitos recursais. “Não prevíamos essas despesas, mesmo assim com o novo modelo de gestão, conseguimos quitá-las”, observou Niehues. O pagamento de licenças prêmio, horas extras, gratificações e outros tipos de direitos dos funcionários, ficou em torno de R$ 1 milhão.

De acordo com Niehues, agora com “a casa em ordem”, o Cepromat começará a desenvolver vários projetos que o torne rentável para o governo. “Queremos que o Estado se beneficie do Cepromat e não o contrário para isso temos que melhorar a produtividade e buscar novas fontes de renda”. Esse ano, o órgão deve firmar convênios com outros poderes como as prefeituras de Mato Grosso e a Assembléia Legislativa.

Outra meta é investir no portal oficial do Estado, o E-Mato Grosso. Os novos investimentos permitirão que todos os serviços do governo fiquem disponíveis ao cidadão no site www.mt.gov.br. A certificação digital também facilitará os serviços oferecidos pela administração estadual. Documentos com certificações eletrônicas que dispensarão assinaturas vão diminuir a burocracia.