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Internacional
Segunda - 14 de Fevereiro de 2005 às 18:27

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Pelo menos seis pessoas morreram em três explosões ocorridas nesta segunda-feira no distrito financeiro de Manila, capital das Filipinas, e nas duas principais cidades da ilha de Mindanao, cuja autoria foi atribuída ao grupo terrorista Abu Sayyaf.

A primeira bomba explodiu por volta das 18:30 (08:30 Brasília) na entrada de uma estação de ônibus em Davao, em Mindanao, a mil quilômetros ao sul de Manila.

Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas no atentado em Davao, segundo a polícia, que conseguiu desativar outra bomba antes que explodisse. O cônsul honorário da Espanha em Davao, Antonio Brias, afirmou que a explosão não tinha deixado mortes.

Vinte e cinco minutos depois, três pessoas morreram e 34 ficaram feridas na explosão de outra bomba, em frente a um centro comercial em General Santos, em Mindanao, a mil quilômetros ao sudeste de Manila.

O superintendente de polícia Antonio Billones disse que dez dos feridos estão em estado gravíssimo.

Billones informou que segundo as testemunhas o piloto de uma moto com sidecar (um assento acoplado na lateral de algumas motos) estacionou o veículo em frente a uma lanchonete, no centro comercial. O homem se afastou da moto e, aproximadamente, dois minutos depois aconteceu a explosão.

As autoridades de Mindanao reagiram imediatamente, reforçando a vigilância nos principais pontos da região.

"Não podemos descartar a possibilidade e não podemos correr nenhum risco de que isso possa se repetir", declarou à imprensa local Celso Lobregat, prefeito de Zamboanga, que é outra das capitais provinciais de Mindanao e tem um longo histórico de atentados e conflitos.

Um novo atentado era um medo que se tornou realidade às 19:00 (09:00 Brasília), quando outra bomba explodiu num ônibus em Makati, distrito financeiro de Manila.

Pelo menos três pessoas morreram dentro do ônibus (entre elas uma mulher) e 60 tiveram de ser levadas para hospitais.

Segundo testemunhas, o ônibus ficou totalmente destruído pela explosão, que atingiu outros dois ônibus que estavam perto.

Várias pessoas sofreram queimaduras (algumas elas graves) cortes e contusões.

Outra bomba foi descoberta e desativada no distrito de Parañaque, perto do aeroporto internacional de Manila.

Um indivíduo que se identificou como Abu Solaiman e disse ser porta-voz do Abu Sayyaf, ligou para a emissora de rádio dzBB para assumir a autoria das explosões. O terrorista disse que os atentados eram um presente pelo Dia de São Valentim (comemorado no mundo todo como dia dos namorados) para a presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo.

Em 2001, os EUA incluíram o Abu Sayyaf na lista de organizações terroristas vinculadas com a Al Qaeda.

"Estes são atos de terror. Não nos deixaremos intimidar", declarou o porta-voz da presidência filipina, Ignacio Bunye.

O porta-voz da polícia das Filipinas, superintendente Leopoldo Bataoil, disse que seus homens estão em alerta máximo e acrescentou que todas as folgas foram canceladas e os agentes chamados aos quartéis.

As autoridades investigam a autenticidade do telefonema do suposto porta-voz do Abu Sayyaf, mas desde o fim de semana circulavam informações de que os terroristas preparavam vários atentados para fugir da pressão militar na ilha de Jolo (sul).

Cerca de 800 muçulmanos se armaram na semana passada em Jolo, apoiados por Abu Sayyaf.





Fonte: EFE

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