Reação do Estado será implacável, diz Thomaz Bastos sobre morte de missionária

São Paulo - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse hoje que foram enviados reforços a Altamira, no Pará, para localizar e prender os assassinos da freira Dorothy Stan, de 73 anos, morta a tiros, na madrugada do último sábado (12), na cidade de Anapu. "A reação do Estado será implacável", afirmou, garantindo que o governo dará uma dura resposta ao crime da mesma forma como fez em outros casos em que a violência foi motivada por pessoas que "não estão acostumadas à convivência civilizada e a agir sob o império da lei". Como exemplos citou o recente o episódio dos fiscais executados, em Unaí (MG), no ano passado, e a morte de Chico Mendes, assassinado em 1988.

No caso de Unaí, o ministro afirmou que, apesar de o crime ter sido difícil de ser desvendado, "em seis meses os criminosos foram presos, estão na cadeia e serão julgados". Disse ainda que "neste caso da irmã Dorothy, também esperamos uma solução rápida, existem vários suspeitos, e três mandados de prisão". Segundo ele, o tempo chuvoso e o fato de a região ser muito grande tem dificultado os trabalhos, mas a expectativa é de uma solução rápida.

Thomaz Bastos participou hoje pela manhã da cerimônia de lançamento da campanha de desarmamento. Ele afirmou que o governo alterou sua estimativa inicial de recolher 80 mil armas, passando a acreditar que chegarão a 500 mil até o final da campanha, que foi prorrogada de dezembro último para julho próximo. Em outubro será realizado um plebiscito em torno da proibição da comercialização de armas no país.