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Exercício errado pode gerar efeito contrário
Os comprovados benefícios da prática de atividades físicas podem gerar efeito contrário se o exercício for feito de maneira errada ou se o esportista não tiver o condicionamento adequado. Especialmente nesta época do ano, as academias lotam de pessoas ávidas por ficar em forma o mais breve possível e que acabam exagerando na dose. Em vez de obter o resultado esperado, sofrem com dores e tendinites.
Em casos extremos, a pessoa tem de ser submetida a uma cirurgia para reparar as lesões, como aconteceu com o comerciante Daniel Costa Lutfi, 30, que deve operar o joelho pela terceira vez nesta semana, por causa do futebol e da academia.
"Eu sou teimoso mesmo'', afirma. "Em vez de procurar o instrutor da academia, aumentava por conta própria a carga dos aparelhos de musculação'', relembra Lutfi, que, às vésperas de passar por outra cirurgia, desfilou na Marquês de Sapucaí.
Aquecimento insatisfatório antes da atividade física, séries de exercícios com repetições ou carga em excesso, postura incorreta e técnica imperfeita são algumas das condições que propiciam as lesões nas academias, segundo Fabio Saba, mestre em educação física e autor do livro "Mexa-se - Atividade Física, Saúde e Bem-Estar''. Calçado esportivo e trajes inadequados são outros itens que podem comprometer o rendimento do atleta.
"O uso de tênis apropriado para determinada atividade é fundamental, porque a tecnologia do calçado visa a segurança necessária em cada esporte, com amortecimento no local de maior impacto e reforços nas laterais ou no calcanhar. Já as roupas têm de ser confortáveis e flexíveis, para não limitar os movimentos", alerta.
"Na musculação, é grande a incidência de contusão, pois é quando o professor não consegue dar atenção exclusiva ao aluno em tempo integral. Então, na tentativa de acelerar o seu rendimento e entrar em forma mais rápido, a pessoa aumenta a carga do aparelho acima do que o seu condicionamento permite'', afirma Saba.
Foi o caso da professora da academia Master Thais Pacheco Dutra Preste, 24, que, mesmo sabendo dos cuidados que deveria tomar e de seu estágio de condicionamento, teve um problema no nervo ciático da perna direita ao aumentar o peso em um dos aparelhos. "Até hoje não uso tanto peso, tenho medo de forçar e acontecer de novo'', diz.
Outra atividade de alto risco é o spinning (aula coletiva com bicicleta ergométrica ao ritmo de música), que representa mais de 50% dos relatos de dor em joelhos, causada principalmente pelo ajuste errado da altura do banco da bicicleta, de acordo com Rene Abdalla, médico do Hospital do Coração e do Centro de Ortopedia e Reabilitação no Esporte (Core), em São Paulo. Pelo mesmo motivo de regulagem inadequada do assento e do guidão, o spinning também é responsável por cerca de 20% dos casos relatados de dor nas costas.
Há duas maneiras para saber se a altura do banco da bicicleta ergométrica está certa. Uma delas é ficar em pé ao lado da bicicleta - o banco tem de estar na altura do quadril.
Em casos extremos, a pessoa tem de ser submetida a uma cirurgia para reparar as lesões, como aconteceu com o comerciante Daniel Costa Lutfi, 30, que deve operar o joelho pela terceira vez nesta semana, por causa do futebol e da academia.
"Eu sou teimoso mesmo'', afirma. "Em vez de procurar o instrutor da academia, aumentava por conta própria a carga dos aparelhos de musculação'', relembra Lutfi, que, às vésperas de passar por outra cirurgia, desfilou na Marquês de Sapucaí.
Aquecimento insatisfatório antes da atividade física, séries de exercícios com repetições ou carga em excesso, postura incorreta e técnica imperfeita são algumas das condições que propiciam as lesões nas academias, segundo Fabio Saba, mestre em educação física e autor do livro "Mexa-se - Atividade Física, Saúde e Bem-Estar''. Calçado esportivo e trajes inadequados são outros itens que podem comprometer o rendimento do atleta.
"O uso de tênis apropriado para determinada atividade é fundamental, porque a tecnologia do calçado visa a segurança necessária em cada esporte, com amortecimento no local de maior impacto e reforços nas laterais ou no calcanhar. Já as roupas têm de ser confortáveis e flexíveis, para não limitar os movimentos", alerta.
"Na musculação, é grande a incidência de contusão, pois é quando o professor não consegue dar atenção exclusiva ao aluno em tempo integral. Então, na tentativa de acelerar o seu rendimento e entrar em forma mais rápido, a pessoa aumenta a carga do aparelho acima do que o seu condicionamento permite'', afirma Saba.
Foi o caso da professora da academia Master Thais Pacheco Dutra Preste, 24, que, mesmo sabendo dos cuidados que deveria tomar e de seu estágio de condicionamento, teve um problema no nervo ciático da perna direita ao aumentar o peso em um dos aparelhos. "Até hoje não uso tanto peso, tenho medo de forçar e acontecer de novo'', diz.
Outra atividade de alto risco é o spinning (aula coletiva com bicicleta ergométrica ao ritmo de música), que representa mais de 50% dos relatos de dor em joelhos, causada principalmente pelo ajuste errado da altura do banco da bicicleta, de acordo com Rene Abdalla, médico do Hospital do Coração e do Centro de Ortopedia e Reabilitação no Esporte (Core), em São Paulo. Pelo mesmo motivo de regulagem inadequada do assento e do guidão, o spinning também é responsável por cerca de 20% dos casos relatados de dor nas costas.
Há duas maneiras para saber se a altura do banco da bicicleta ergométrica está certa. Uma delas é ficar em pé ao lado da bicicleta - o banco tem de estar na altura do quadril.
Fonte:
FolhaPress
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/360440/visualizar/
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