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Nacional
Segunda - 14 de Fevereiro de 2005 às 06:08
Por: Adriana Cardoso

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São Paulo - Contrariando lideranças do PT, o candidato à presidência da Câmara Virgílio Guimarães (PT-MG) disse que "é tudo, menos candidato avulso". "Não contrario decisão nenhuma (do partido). Minha candidatura é regimental, portanto, regimentalmente, sou candidato do PT", frisou o petista, em entrevista ao programa Canal Livre, da "TV Bandeirantes", complementando que, "se for eleito, o PT estará eleito".

O deputado rebelde negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o tenha proibido de sair candidato, e que não é papel dele "interferir nessa questão". Guimarães não negou, porém, ter recebido ontem, da direção do PT, uma nota em que a sigla pede que desista da disputa. Ele, por sua vez, ratificou que não desistirá e aposta que será eleito em um eventual segundo turno.

Quanto aos rumores de que, sendo eleito, não só o PT como toda a base aliada pode ficar dividida, o petista desconversou, dizendo ter sido sempre "um homem de diálogo" e que pretende comandar a Câmara desta maneira, dialogando com todos. Questionado se acha que o PT teve uma postura ditatorial ao pedir que retirasse a sua candidatura em benefício de Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), candidato oficial do partido à vaga, Virgílio Guimarães desconversou: "O PT tem muito o que aprender nesse processo".

Sobre uma possível punição por desobedecer o partido, ele desdenhou: "Não há punição sem crime". Promessas Durante o tempo todo procurando manter uma postura acrítica, Virgílio Guimarães se disse satisfeito com o governo Lula e acredita que, se eleito para o comando da Câmara, poderá dar mais equilíbrio entre os partidos, facilitando a vida do governo.

O deputado prometeu também concluir a votação da reforma tributária, agilizar a votação de projetos de deputados que estão trancando a pauta da Casa, além de reduzir as despesas do Legislativo. Mas ao ser questionado se concorda com o aumento do salário dos deputados de R$ 13 mil para cerca de R$ 20 mil mensais, conforme se especula, ele saiu pela tangente mais uma vez: "Esse assunto é da lei e do Supremo. Não é assunto de presidente".




Fonte: Agência Estado

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