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Polícia acha corpo na área onde freira foi morta
A Polícia Civil do Pará resgatou hoje o corpo de um trabalhador de uma fazenda assassinado sábado à noite, no município de Anapu, no Pará, a cerca de 300 metros do local da execução da freira norte-americana Dorothy Stang, morta na manhã de sábado.
Adalberto Xavier Leal foi morto por oito homens armados que invadiram o barracão dele e o executaram com um tiro de espingarda em frente à esposa e cinco filhos, segundo a Polícia.
"A princípio podemos achar que há ligação entre os casos, mas não podemos afirmar se foi vingança", disse o delegado da Polícia Civil, Rilmar Firmino Souza.
A Polícia informou que Adalberto trabalhava para um fazendeiro conhecido como Tati. Testemunhas que presenciaram o assassinato foram levadas para prestar depoimento na delegacia de Anapu.
O delegado geral da Polícia Civil do Pará, Luis Fernandes, disse que já foram identificados os suspeitos de envolvimento no assassinato da missionária Dorothy Stang, mas preferiu não revelar nomes. A Polícia Federal também abriu inquérito para investigar o caso.
O secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, confirmou à Reuters, por telefone, direto de Anapu, a existência de suspeitos. Um fazendeiro que ameaçava expulsar os pequenos agricultores do acampamento é apontado como possível mentor do assassinato, segundo o ministro.
"Tudo aponta para isto, as ligações dos pistoleiros, a história de mortes encomendadas na região. É apenas uma questão legal, você não pode dizer um nome sem provas contra ele", disse Miranda. O presidente Luiz Inacio Lula da Silva determinou que ministros e a Polícia Federal entrassem no caso, o que aumentou as tensões entre pequenos agricultores, madeireiros e latifundiários, enquanto eles lutam pelo domínio da floresta.
O acampamento onde Stang foi morta é ligado a um grande projeto governamental de desenvolvimento auto-sustentável.
Madeireiros e fazendeiros têm invadido a área reservada para os pequenos fazendeiros. Stang, conhecida como o "anjo da Transamazônica" por seus apoiadores e de "a terrorista" pelos fazendeiros que se opõem a ela, encorajou pequenos fazendeiros a manterem suas terras.
Fazendeiros de Anapu a acusam de armar os camponeses. Mas companheiros da missão da Ordem das Irmãs de Notre Dame de Namur, que tem cerca de 2 mil freiras espalhadas pelos cinco continentes, afirmam que os alegações são "absurdas e falsas."
A morte de Stang ocorre apenas nove dias depois dela ter advertido Miranda sobre as ameaças que ela e os pequenos agricultores vinham recebendo.
O corpo da freira norte-americana foi levado na tarde de domingo para a Belém, onde passa por autópsia. Desde a manhã de domingo, mais de duzentas pessoas passaram pelo Instituto Médico Legal da cidade, aguardando a chegada do corpo.
O corpo deve passar a noite na Igreja Santa Maria Goreti, em Belém, e depois segue para Altamira, onde será velado. Dorothy Stang será enterrada em Anapu.
Adalberto Xavier Leal foi morto por oito homens armados que invadiram o barracão dele e o executaram com um tiro de espingarda em frente à esposa e cinco filhos, segundo a Polícia.
"A princípio podemos achar que há ligação entre os casos, mas não podemos afirmar se foi vingança", disse o delegado da Polícia Civil, Rilmar Firmino Souza.
A Polícia informou que Adalberto trabalhava para um fazendeiro conhecido como Tati. Testemunhas que presenciaram o assassinato foram levadas para prestar depoimento na delegacia de Anapu.
O delegado geral da Polícia Civil do Pará, Luis Fernandes, disse que já foram identificados os suspeitos de envolvimento no assassinato da missionária Dorothy Stang, mas preferiu não revelar nomes. A Polícia Federal também abriu inquérito para investigar o caso.
O secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, confirmou à Reuters, por telefone, direto de Anapu, a existência de suspeitos. Um fazendeiro que ameaçava expulsar os pequenos agricultores do acampamento é apontado como possível mentor do assassinato, segundo o ministro.
"Tudo aponta para isto, as ligações dos pistoleiros, a história de mortes encomendadas na região. É apenas uma questão legal, você não pode dizer um nome sem provas contra ele", disse Miranda. O presidente Luiz Inacio Lula da Silva determinou que ministros e a Polícia Federal entrassem no caso, o que aumentou as tensões entre pequenos agricultores, madeireiros e latifundiários, enquanto eles lutam pelo domínio da floresta.
O acampamento onde Stang foi morta é ligado a um grande projeto governamental de desenvolvimento auto-sustentável.
Madeireiros e fazendeiros têm invadido a área reservada para os pequenos fazendeiros. Stang, conhecida como o "anjo da Transamazônica" por seus apoiadores e de "a terrorista" pelos fazendeiros que se opõem a ela, encorajou pequenos fazendeiros a manterem suas terras.
Fazendeiros de Anapu a acusam de armar os camponeses. Mas companheiros da missão da Ordem das Irmãs de Notre Dame de Namur, que tem cerca de 2 mil freiras espalhadas pelos cinco continentes, afirmam que os alegações são "absurdas e falsas."
A morte de Stang ocorre apenas nove dias depois dela ter advertido Miranda sobre as ameaças que ela e os pequenos agricultores vinham recebendo.
O corpo da freira norte-americana foi levado na tarde de domingo para a Belém, onde passa por autópsia. Desde a manhã de domingo, mais de duzentas pessoas passaram pelo Instituto Médico Legal da cidade, aguardando a chegada do corpo.
O corpo deve passar a noite na Igreja Santa Maria Goreti, em Belém, e depois segue para Altamira, onde será velado. Dorothy Stang será enterrada em Anapu.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/360503/visualizar/
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