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Visa recolhe 2,4 t de itens vencidos
Quem nunca comprou uma pizza, alguns gramas de mussarela ou um peça de carne no supermercado e teve uma desagradável surpresa? Gosto ruim, de estragado ou "meio passado"? Certamente muitos vão se identificar com a situação e é nos dados da Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Cuiabá que a impressão se confirma: em 2004, foram apreendidos 2,4 mil quilos de alimentos em supermercados da Capital com prazo de validade vencido ou em estado de deterioração.
O número está dentro da média encontrada nos anos anteriores, mas preocupa porque é sinal de que esse tipo de irregularidade ainda ocorre, apesar das constantes fiscalizações sempre alertarem e notificarem o problema, na avaliação da coordenadora da Vigilância municipal, Silvana Maria Ribeiro. Algumas apreensões citadas na estatística também foram feitas por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O órgão municipal não tem o detalhamento das ocorrências, no entanto estima que alguns supermercados já estejam na lista negra de interdição, por conta de reincidências no mesmo tipo de irregularidade. A Vigilância não divulgou quantos e quais estabelecimentos estão nesse grupo.
Somente no ano passado, 96 reclamações foram feitas por moradores da Capital; o principal motivo é a compra de alimentos adulterados. Mas, muitas delas não chegam às planilhas da vigilância sanitária e nem de nenhum órgão de defesa do consumidor porque acabam sendo resolvidas no próprio supermercado.
"São problemas cuja resolução não sofrem resistência por parte do fornecedor. Dificilmente um gerente nega a troca ou a devolução do dinheiro quando o produto não tem a qualidade esperada pelo consumidor", explica a conciliadora do Procon-MT, Manaíra Yamamura Rios.
Em conversa com consumidores, a reportagem confirmou a hipótese do Procon. De fato, muitos clientes resolvem a questão no próprio estabelecimento e continua comprando no local, apesar de ressalvas. A assistente social Célia Carvalho estava ontem em um grande supermercado da Capital e contou que já teve que devolver mussarela e presunto estragados. "A conservação de frios aqui fica a desejar. Às vezes compro, mas fico de olho. No entanto, esse supermercado tem outras vantagens: é amplo, tem banco, salão, farmácia e lotérica", pondera.
Ela já se considera uma expert no assunto e, mesmo no casos em que a data de validade indica produto em bom estado, a aparência é que conta. Célia deixou de comprar uma carne embalada por conta da aparência duvidosa do produto. "Aqui você pode ver que a gordura está escura, meio esverdeada", apontou. Um funcionário responsável pelo departamento de carnes embaladas do estabelecimento garantiu que gordura estava na mesma coloração da de outras e que a carne está boa para ser consumida.
A reportagem percorreu alguns supermercados da Capital e, em um deles, encontrou produto com validade vencida "espalhada" entre os que estão em boas condições para consumo. Foi na unidade do Comper da Fernando Corrêa. Lá, três unidades de salame estragadas dividiam o espaço em uma gôndola do tipo cabide com outras 20 ou 30 embalagens. O encarregado da Salsicharia do Comper, Leôncio Santos, garante que isso não ocorre com frequência e que se tratou de erro de um funcionário do departamento. "Ele se confundiu e misturou as salames. Esse tipo de produto é retirado da gôndola dez dias antes do vencimento", justifica. O produto já tinha vencido no dia 27 de janeiro, ou seja, há 14 dias.
Mesmo nas lojas onde não foram encontrados produtos vencidos, a suspeita continua entre os antigos frequentadores que tiveram experiência ruim. Uma professora que preferiu não se identificar por ser de família tradicional da cidade disse que deixou de fazer compras de carnes e frios em estabelecimento perto de sua casa, nas imediações da Prainha, por não confiar na qualidade dos perecíveis. "Ás vezes eles retiram a etiqueta e remarcam o prazo de validade com outra. Dá para ver a mancha deixada pela etiqueta anterior", protesta a professora. Ela só compra frios nesse grande supermercado em caso de urgência e dobra a atenção.
O número está dentro da média encontrada nos anos anteriores, mas preocupa porque é sinal de que esse tipo de irregularidade ainda ocorre, apesar das constantes fiscalizações sempre alertarem e notificarem o problema, na avaliação da coordenadora da Vigilância municipal, Silvana Maria Ribeiro. Algumas apreensões citadas na estatística também foram feitas por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O órgão municipal não tem o detalhamento das ocorrências, no entanto estima que alguns supermercados já estejam na lista negra de interdição, por conta de reincidências no mesmo tipo de irregularidade. A Vigilância não divulgou quantos e quais estabelecimentos estão nesse grupo.
Somente no ano passado, 96 reclamações foram feitas por moradores da Capital; o principal motivo é a compra de alimentos adulterados. Mas, muitas delas não chegam às planilhas da vigilância sanitária e nem de nenhum órgão de defesa do consumidor porque acabam sendo resolvidas no próprio supermercado.
"São problemas cuja resolução não sofrem resistência por parte do fornecedor. Dificilmente um gerente nega a troca ou a devolução do dinheiro quando o produto não tem a qualidade esperada pelo consumidor", explica a conciliadora do Procon-MT, Manaíra Yamamura Rios.
Em conversa com consumidores, a reportagem confirmou a hipótese do Procon. De fato, muitos clientes resolvem a questão no próprio estabelecimento e continua comprando no local, apesar de ressalvas. A assistente social Célia Carvalho estava ontem em um grande supermercado da Capital e contou que já teve que devolver mussarela e presunto estragados. "A conservação de frios aqui fica a desejar. Às vezes compro, mas fico de olho. No entanto, esse supermercado tem outras vantagens: é amplo, tem banco, salão, farmácia e lotérica", pondera.
Ela já se considera uma expert no assunto e, mesmo no casos em que a data de validade indica produto em bom estado, a aparência é que conta. Célia deixou de comprar uma carne embalada por conta da aparência duvidosa do produto. "Aqui você pode ver que a gordura está escura, meio esverdeada", apontou. Um funcionário responsável pelo departamento de carnes embaladas do estabelecimento garantiu que gordura estava na mesma coloração da de outras e que a carne está boa para ser consumida.
A reportagem percorreu alguns supermercados da Capital e, em um deles, encontrou produto com validade vencida "espalhada" entre os que estão em boas condições para consumo. Foi na unidade do Comper da Fernando Corrêa. Lá, três unidades de salame estragadas dividiam o espaço em uma gôndola do tipo cabide com outras 20 ou 30 embalagens. O encarregado da Salsicharia do Comper, Leôncio Santos, garante que isso não ocorre com frequência e que se tratou de erro de um funcionário do departamento. "Ele se confundiu e misturou as salames. Esse tipo de produto é retirado da gôndola dez dias antes do vencimento", justifica. O produto já tinha vencido no dia 27 de janeiro, ou seja, há 14 dias.
Mesmo nas lojas onde não foram encontrados produtos vencidos, a suspeita continua entre os antigos frequentadores que tiveram experiência ruim. Uma professora que preferiu não se identificar por ser de família tradicional da cidade disse que deixou de fazer compras de carnes e frios em estabelecimento perto de sua casa, nas imediações da Prainha, por não confiar na qualidade dos perecíveis. "Ás vezes eles retiram a etiqueta e remarcam o prazo de validade com outra. Dá para ver a mancha deixada pela etiqueta anterior", protesta a professora. Ela só compra frios nesse grande supermercado em caso de urgência e dobra a atenção.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/360525/visualizar/
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