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Internacional
Domingo - 13 de Fevereiro de 2005 às 07:50

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Seul - O governo da Coréia do Norte pediu neste sábado que a população apóie o presidente Kim Jong-il, após os Estados Unidos rejeitarem a exigência dos norte-coreanos de conversações bilaterais para conter a crise nuclear. O jornal estatal Rodong Sinmun ocupou toda a primeira página com um editorial que diz "a mente única serve como a mais poderosa arma". "Em um momento como hoje, quando a situação está tensa, nenhuma missão é mais importante do que fortalecer nossa mente única", disse o editorial. Minju Joson, outro jornal estatal, disse que "a proteção devotada ao líder é nossa vida e alma".

Ao mesmo tempo, a Coréia do Norte destacou o perigo de haver choques militares na fronteira com a Coréia do Sul, denunciando infiltrações de navios de guerra do Sul em suas águas, após "a grave situação criada pela política hostil dos falcões imperialistas dos EUA com relação ao Norte". Segundo a agência oficial KCNA, comandantes da Marinha norte-coreana disseram "que tal perigosa provocação poderia levar a um sério desastre". As acusações de infiltração, negadas pela Coréia do Sul, coincidem com o aumento do impasse nuclear. As duas Coréias travaram sangrentos combates navais em 1999 e 2002.

Os jornais sul-coreanos exortaram hoje o governo da Coréia do Sul a permanecer firme contra a Coréia do Norte. "Devemos ser resolutos contra qualquer crise nuclear que decisivamente ameace nossa segurança nacional", disse em um editorial o jornal de maior circulação no país, o JoongAng.

Em Washington, funcionários da inteligência examinaram imagens de satélite para tentar encontrar evidência de que a Coréia do Norte teria realizado ou estaria preparando um teste nuclear, mas nada foi encontrado. Após a Coréia do Norte anunciar que tem a bomba atômica e que não irá mais participar das conversações entre seis países, o governo norte-americano começou a discutir a possibilidade de levar a questão nuclear norte-coreana ao Conselho de Segurança da ONU.




Fonte: AE - AP

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